Um bolinho pode acabar virando um problema para alguns sete influenciadores influenciadores de nicho; a Meta, dona das redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp e o Grupo Bimbo.
O Idec (Instituto de Defesa de Consumidores) fez uma denúncia à Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e ao Procon-RJ, acusando todos de estimularem o público infantil a consumirem produtos alimentícios ultraprocessados, no caso, os bolinhos Ana Maria.
Os influenciadores Marina Mazzelli, Thiago (Pai Solo Thiago), Camila Queiroz, Isabelli Gonçalves, Keila Pinheiro, Luma (Papo Materno) e Bruna Ruiz Rossi são focados no nicho de “maternidade e paternidade”, produzindo conteúdo para o Instagram focado em quem tem filhos.
Segundo o Idec, todos eles fizeram publicações sobre os tais bolinhos, o que, na visão do instituto, estimula o público infantil a §consumir produtos alimentícios ultraprocessados, o que seria uma violação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A base para a acusação seria um relatório do Observatório de Publicidade de Alimentos sobre 14 bolinhos da marca Ana Maria.
A conclusão foi de que todos os produtos são ultraprocessados, não sendo, portanto, indicados ao consumo em geral, principalmente o de crianças, devido a sua associação com prejuízos à saúde.
O Idec destaca ainda que os produtos são promovidos com campanhas publicitárias com recursos para atração do público infantil, como personagens animados, linguagem lúdica, ambientação escolar e atividades interativas voltadas ao público infantil.
“As publicações das redes sociais e a publicidade em destaque nos rótulos dão a impressão de uma adequação que não se reflete ao analisar a lista de ingredientes desses produtos. Mantém uma narrativa que posiciona-os como atraentes e apropriados para o consumo infantil, quando não são”, explica Mariana Ribeiro, nutricionista do programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec.