Brasil deve investir R$ 104,6 bi em cibersegurança até 2028, aponta relatório

O Relatório de Cibersegurança 2025, divulgado pela Brasscom – Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais destaca, dentre outras informações, que o mercado brasileiro de segurança da informação movimentará cerca de R$ 104,6 bilhões entre 2025 e 2028, com uma taxa de crescimento acumulada de 43,8%.

O relatório também evidencia o protagonismo do Brasil na América do Sul, sendo o único país da região classificado no tier 1 do GCI (Global Cyber Security Index), da UIT (União Internacional da Telecomunicações). Essa posição reflete o comprometimento nacional com a agenda global de segurança cibernética.

Apesar dos avanços, o país continua sendo um dos principais alvos de ataques cibernéticos do mundo. Em 2023, foram registrados 60 bilhões de tentativas de ataques, número que, embora alarmante, representa uma redução significativa em relação a 2022, quando ocorreram 103 bilhões de tentativas.

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Ainda assim, as consequências financeiras são expressivas: o custo médio de uma violação de dados no Brasil representou cerca de US$ 1,36 milhão, enquanto a média global alcançou US$ 4,88 milhões, segundo dados da IBM. Em 2024, o Brasil teve o terceiro maior aumento no custo de violação de dados (11,5%), atrás apenas da Itália (22,5%) e da Alemanha (13,7%).

“A preocupação com as questões de cibersegurança é clara, mas a maturidade das iniciativas ainda está abaixo do desejável. Muitas empresas não estão preparadas e há falta tanto de investimento quanto de pessoas qualificadas. A intenção é boa, mas a ação ainda não chegou lá. Temos uma necessidade de acelerar”, afirma Affonso Nina, Presidente Executivo da Brasscom.

Mercado de trabalho aquecido

Outro ponto abordado pelo relatório é o crescimento do mercado de trabalho em cibersegurança. Entre 2015 e 2024, o número de profissionais empregados em segurança da informação apresentou uma taxa média anual de crescimento de 16,1%. Em 2023, 1.849 pessoas se graduaram em cursos relacionados à área, um aumento de 15,3% em relação ao ano anterior. No entanto, a escassez de mão de obra qualificada segue como um desafio crítico, elevando custos e dificultando a proteção dos sistemas corporativos.

Para mitigar esse déficit, iniciativas como o programa Hackers do Bem têm ganhado destaque. O projeto, que busca formar e capacitar talentos em cibersegurança, tem como meta preparar 30 mil profissionais até o final de 2025. Apesar disso, a Brasscom reforça a importância de ampliar políticas públicas e iniciativas privadas voltadas ao fortalecimento da resiliência digital do país.

O Relatório de Cibersegurança 2025 está disponível para consulta no site da Brasscom e pode ser acessado aqui.

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