O governo Trump divulgou na última quarta-feira, 23, seu plano de ação para o mercado de inteligência artificial americano, que inclui iniciativas que visam consolidar os Estados Unidos como líder global do segmento dentro dos próximos seis a 12 meses.
Isso será feito a partir do relaxamento da regulamentação do setor, a fim de “eliminar a parcialidade política” da inteligência artificial e “burocracias excessivas”, inclusive dentro de organizações federais.
O argumento do presidente americano é de que “a indústria é um bebê lindo que acabou de nascer” e que é preciso “criar esse bebê e deixá-lo prosperar”.
A estratégia se debruça sobre três pilares centrais: acelerar a inovação, expandir a infraestrutura de IA no país e tornar o hardware e software americanos o padrão para as inovações desenvolvidas mundialmente.
O plano também prevê a agilização da concessão de licenças para data centers, fábricas de semicondutores e infraestrutura energética.
Para as empresas americanas, o governo oferecerá “pacotes completos” de exportação de IA destinados a países aliados dos Estados Unidos.
“Quer a gente goste ou não, estamos envolvidos em uma competição acelerada para construir e definir essa tecnologia inovadora que vai determinar muito do futuro da civilização. A América é o país que iniciou a corrida da IA. E, como presidente dos Estados Unidos, estou aqui hoje para declarar que a América vai vencê-la”, declarou Trump.
Alguns parlamentares e líderes do setor tecnológico discordaram da abordagem do presidente, pois acreditam que os interesses da indústria não devem ser priorizados frente à segurança da inteligência artificial.
Neste contexto, a CNN revelou que uma coalizão de defensores da privacidade se uniu a sindicatos norte-americanos para confrontar as propostas da administração.
A decisão de Trump segue uma série de anúncios e investimentos relacionados à IA e tecnologia iniciados em seu segundo mandato.
Sua gestão é responsável por um projeto de infraestrutura de IA de US$ 500 bilhões chamado Stargate, uma colaboração entre o CEO da OpenAI, Sam Altman, o CEO da SoftBank, Masayoshi Son, e o presidente da Oracle, Larry Ellison.
No começo deste mês, o político anunciou um investimento de mais de US$ 90 bilhões em empresas dos setores de tecnologia, energia e finanças para transformar a Pensilvânia em um polo de inteligência artificial.