A Delta Airlines adotou a inteligência artificial da Fetcherr, empresa de software israelense que também tem a companhia brasileira Azul como uma de suas clientes, para precificar suas passagens aéreas.
Segundo o site TecMundo, a precificação personalizada utiliza parâmetros como demanda, horário, época do ano, preço do combustível, entre outros aspectos que se assemelham às tarifas dinâmicas de aplicativos de transporte, com valores alterados de acordo com a hora e o dia da procura.
Atualmente, a Delta utiliza a IA para fornecer preços em apenas 3% dos voos domésticos nos Estados Unidos, mas pretende expandir para 20% até o final do ano.
A empresa afirma que os resultados iniciais foram satisfatórios, com aumento de 9% na receita durante os testes e redução de 60% nos processos manuais.
Com o uso da solução, a companhia também acredita que poderá ofertar passagens mais baratas, principalmente em momentos de baixa procura para determinados voos.
Outras práticas já são adotadas por empresas de aviação, mas sem o uso de IA, como a oferta de tarifas dependendo de como o cliente pesquisa ou compra, através do uso de dados do navegador ou da localização.
Há também os casos do uso de programas de fidelidade e descontos exclusivos, que visam premiar clientes e incentivar compras repetidas.
Especialistas, no entanto, apontam preocupações como a falta de privacidade, já que a IA pode realizar uma análise detalhada do comportamento do cliente e do comprometimento em comprar uma passagem com base nas buscas e nos cookies dos usuários.
O conceito de preços justos também pode ser ignorado a partir do momento em que os valores variam conforme a disposição de cada consumidor em pagar. Além disso, a solução pode favorecer aqueles que mais compram em detrimento dos que menos viajam de avião, tornando para estes o custo mais elevado.
A Delta garante que os preços seguem as regulamentações federais americanas e que não tolera práticas discriminatórias com base em sexo, etnia ou outras características protegidas por lei.
