Demitir desenvolvedores de software júnior da empresa porque o trabalho deles pode ser feito pela inteligência artificial é “a coisa mais burra que eu já ouvi falar”.
Pelo menos, é o que disse o CEO da AWS, Matt Garman, durante um podcast com um investidor especialista em IA.
Em um determinado ponto da conversa, o assunto era o Kiro, o assistente de programação da AWS.
Foi quando Garman disse que já tinha encontrado líderes de negócios que achavam que ferramentas de IA poderiam substituir todos os funcionários júnior da empresa, agregando então que essa era a coisa mais burra que ele já tinha ouvido.
Para Garman, os profissionais júnior já são os menos caros do time, ao mesmo tempo em que são os mais engajados em usar as novas ferramentas de IA.
“O que vai acontecer daqui a 10 anos quando você não tiver mais ninguém que aprendeu algo?”, questionou Garman. “O meu ponto de vista é que você tem que seguir contratando profissionais recém formados e ensinar eles as maneiras certas de desenvolver software, decompor problemas e pensar sobre eles, como sempre se fez”, agregou o CEO.
Garman estava com vontade de polemizar no dia, porque resolveu implicar também com a ideia de que a porcentagem de código feito por IA é uma boa medida de retorno do investimento.
“É uma métrica boba”, disse o CEO da AWS, porque uma empresa X pode usar IA para programar “infinitas linhas de código”, também pode ser que o resultado final seja software ruim. “Muitas vezes vezes menos linhas de código é bem melhor do que mais linhas de código”, resumiu o Garman.
Segundo o CEO da AWS, 80% dos desenvolvedores da empresa usam IA de alguma forma. já seja fazendo testes, escrevendo documentação e, em alguns casos, escrevendo código propriamente dito.