O presidente da TIM Brasil e, agora, da Conexis durante os próximos dois anos, Alberto Griselli, aproveitou a abertura do Painel Telebrasil Summit 2025, que acontece em Brasília, para afirmar que vedar negociação só favorece as big techs globais em detrimento das redes nacionais. “Antes de se definir ‘fair share’, é necessário evitar a vedação ‘unfair’ de qualquer negociação”, advertiu.
Griselli foi direto: as redes são o sistema central dessa tecnologia e têm de estar no plano estratégico do avanço da tecnologia no País. O executivo também falou sobre o impacto da reforma tributária no setor. O CEO da TIM Brasil até disse que o tema pode estar ‘repetitivo’, mas lamentou a tributação de 34% cobrada de um serviço essencial para o desenvolvimento econômico e social do país.
“A reforma tributária tem que tratar o setor como essencial, do modo que ele é. Telecom é a base do desenvolvimento e, já está até repetitivo, a questão é que a carga tributária é muito alta”, sinalizou. Ao transmitir o comando da Conexis para o CEO da TIM Brasil, o CEO da Vivo, Christian Gebara, reforçou o debate sobre as big techs ao falar sobre os desafios futuros do setor.
“Temos que pensar no uso sustentável da rede como responsabilidade de todos os atores”, formulou. Em relação aos próximos passos, o executivo reforçou que descarbonização da economia, sustentabilidade, conectividade e digitalização precisam caminhar juntos para se ter um Brasil Digital, mais justo e mais sustentável.
Inteligência Artificial
O relator da Comissão de IA na Câmara Federal, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP/PB), concordou com o CEO da Conexis Brasil, Alberto Griselli – que disse que as redes são o sistema central da IA. “Não há inteligência artificial sem o setor de telecomunicações”, disse. Ribeiro descartou tratar a IA como uma tecnologia do futuro. “Ela já está no nosso dia a dia. Temos que trabalhar para que o texto final do marco regulatório permita inovação. O Brasil não pode ser apenas consumidor de IA, ela tem de ser um fornecedor de IA”, destacou.
