Há uma evolução da inteligência artificial em curso. Ao palestrar no SAS Innovate on Tour 2025, realizado em São Paulo, nesta quinta-feira (11/9), Bryan Harris, vice-presidente-executivo e diretor de tecnologia do SAS, destacou que a inteligência artificial generativa está evoluindo para IA agêntica, gêmeos digitais e IA quântica.
“A inteligência artificial generativa segue dominando as manchetes, ela ajuda muito com texto, mas existem limitações no que ela pode fazer”, disse, assinalando que executivos e empresas seguem buscando novas tecnologias para os ajudarem a tomarem melhores, decisões e que tragam vantagens competitivas e um portfólio com diferencial único.
Ainda sobre IA generativa, Harris destacou que machine learning, grandes modelos de linguagem (LLM) e APIs precisam de orquestração entre eles para entregar respostas justas e bem-governadas. “Por isso, a indústria está passando de inteligência artificial generativa para IA agêntica (agentic AI)”, apontou, ressaltando que é preciso criar agentes de forma a ter centricidade no ser humano.
“Estamos animados para o futuro de agentes de IA, mas nos perguntamos ‘e se’”, frisou, já dando a resposta que os gêmeos digitais evoluíram, agregando funcionalidades gráficas. O SAS firmou parceria com a Epic Games para revolucionar a experiência com gêmeo digital, porque, como enfatizou o VP, ele tem de ser bonito e estar baseado em dados da vida real. Os gêmeos digitais integram o ambiente futuro da manufatura, onde tudo é robotizado. E, além da manufatura, outros segmentos, como o da medicina, também estão inserindo a tecnologia no dia a dia.
Da inteligência artificial generativa para IA agêntica e gêmeos digitais. O próximo passo é a IA quântica, que aumenta exponencialmente a capacidade de processamento de dados em segundos. E não se trata de algo do futuro. Bryan Harris disse que o SAS está explorando o uso de IA quântica com computação de forma a levar isso para clientes. “O que conseguimos com quantica IA hoje já são extraordinárias”, assinalou Bryan Harris.
De acordo com ele, a integração com IA quântica está ativa, com o SAS desenvolvendo software para trabalhar com diversos provedores de computação quântica. A empresa também está desenvolvendo gêmeos digitais para treinamento de modelos de IA e segurança dos trabalhadores, aprimorando a eficiência e a segurança operacional. Em qualquer caso, é preciso compreender o ROI e selecionar a tecnologia certa para os problemas.
Quando questionado em entrevista em vídeo para a CDTV sobre se a IA quântica é a próxima onda, Bryan Harris assinalou que, assim como as GPUs têm sido para redes neurais e o aprendizado de máquina tradicional, a IA quântica abrirá uma quantidade incrível de recursos, especificamente para problemas de otimização, onde não há um algoritmo rápido para uma subsolução. “A IA quântica faz isso em velocidades que não podem ser alcançadas de nenhuma outra forma.”
O executivo também avaliou o estágio atual de adoção de IA agêntica, o papel da orquestração e como os gêmeos digitais vão mudar a dinâmica de setores como manufatura.