Uso diário de tecnologia já atinge 73% dos brasileiros, o desafio agora está na confiança

Apesar da adesão intensa, pesquisa mostra que 62% temem o uso indevido de dados e 45% apontam o risco de perda de empregos como um dos principais efeitos da digitalização. Os dados são da pesquisa TI Inside Innovation Forum 2025, realizada pela Blend New Research, empresa do grupo HSR, maior grupo de pesquisa independente da América Latina. Conduzido entre 21 e 23 de agosto, com 1.000 entrevistados representativos da população brasileira, o estudo apresenta um retrato nacional sobre a adoção, as percepções e as preocupações em relação às tecnologias digitais.

O estudo revela uma divisão clara no perfil dos usuários: 91% dos mais conectados (jovens, de maior renda e escolaridade) usam tecnologias várias vezes ao dia, enquanto entre os menos conectados esse índice cai para 52% (faixa etária mais velha, menor renda e escolaridade). Essa diferença evidencia que a inclusão digital ainda não é plena no país.

Entre os benefícios mais citados estão a economia de tempo, seguida por acesso à informação e comodidade. O destaque regional é o Nordeste, onde os entrevistados relataram sentir maior ganho de tempo com o uso das tecnologias do que no Sudeste, indicando diferenças regionais na percepção de valor.

A confiança segue como ponto crítico. O maior receio é o uso indevido de dados, mencionado por 62% dos entrevistados, seguido pela dependência excessiva das tecnologias (51%) e pela perda de empregos (45%). Para os brasileiros, a solução passa por mais transparência (59%), certificações de segurança (55%) e regulamentações mais rigorosas (48%).

“A pesquisa evidencia um Brasil de múltiplas velocidades digitais: enquanto 91% dos jovens e de maior renda estão hiperconectados, esse índice cai para 52% entre os mais velhos e de menor renda. Isso revela que a inclusão digital ainda está em construção. Ao mesmo tempo, 62% dos brasileiros têm receio do uso indevido de dados, o que reforça que existe uma grande oportunidade para as empresas trabalharem segurança e confiança como diferenciais competitivos.”, ressalta Lucas Pestalozzi, sócio-diretor da Blend New Research.

Outro dado relevante é a percepção sobre tecnologias emergentes. 93% já ouviram falar em Inteligência Artificial e 77% em Inteligência Artificial Generativa. Em contrapartida, apenas 37% conhecem Blockchain (tecnologia que funciona como um registro digital descentralizado e seguro, usado principalmente em criptomoedas e transações digitais) e 36% têm familiaridade com Internet das Coisas, mostrando que há espaço para ampliar o conhecimento nessas áreas.

Já na escolha de empresas inovadoras, a prioridade é clara,  qualidade dos produtos e serviços pesa mais que a inovação em si. “Na hora de escolher uma empresa considerada inovadora, o fator decisivo para os brasileiros é a qualidade do produto ou serviço. Mais do que a novidade em si, o que define a escolha é a segurança de que a empresa entrega valor de forma consistente, atendendo às expectativas do consumidor”, ressalta Pestalozzi. Ou seja, para o consumidor, a entrega consistente de valor é determinante na decisão de compra.

Mais informações sobre a pesquisa podem ser consultadas neste link

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