O setor de utilities, que engloba serviços essenciais como energia elétrica, água, saneamento e gás, é um dos pilares do funcionamento da sociedade moderna. Ao mesmo tempo, ele enfrenta desafios como perdas técnicas e comerciais, manutenção de ativos, sustentabilidade e a pressão crescente de consumidores por serviços mais ágeis, transparentes e confiáveis.
Para sanar esses desafios, o setor vem passando por um processo de digitalização sustentado por tecnologias disruptivas, como a Inteligência Artificial Generativa (GenAI). Atualmente, 74% das empresas de utilities já implementaram ou estão explorando IA em suas operações, de acordo com uma pesquisa da IBM, o que demonstra a relevância estratégica do tema para o setor.
Entre as diferentes aplicações possíveis, a IA pode atuar em duas frentes principais: assistentes e agentes inteligentes. Os assistentes funcionam como ferramentas de suporte ao trabalho humano, ampliando a capacidade de decisão. Um exemplo que ilustra bem esse potencial vem de um processo altamente complexo: a construção de poços por petrolíferas.
Ao invés de depender exclusivamente da experiência humana para processar grandes volumes de dados estruturados e não estruturados, o que leva horas e compromete a eficiência, com a aplicação da IA, é possível reduzir esse tempo para segundos, integrando informações de operações em tempo real, registros manuais e custos. A partir disso, um assistente inteligente passa a interpretar dados não estruturados e gerar relatórios instantâneos em linguagem natural, permitindo decisões informadas, documentadas e ágeis para melhorar a qualidade e a precisão.
Outro desafio comum em utilities é o acesso rápido a informações internas. Em muitos casos, os profissionais precisam revisar manualmente um grande volume de documentação para esclarecer dúvidas de clientes sobre políticas e processos, o que torna o atendimento moroso e consome tempo que poderia ser direcionado a tarefas mais produtivas.
Para superar essa barreira, é possível criar um assistente de IA capaz de consultar automaticamente a base documental, apresentar respostas instantâneas em linguagem natural e oferecer uma interface simples e familiar, semelhante a aplicativos de mensagens. O resultado é um ganho expressivo em produtividade, maior fluidez no trabalho das equipes e a garantia de segurança e privacidade no tratamento dos dados.
Esses assistentes de acesso à informação também podem melhorar a experiência de clientes de concessionárias de utilities em seus portais ou aplicativos. Ao permitir consultas diretas em linguagem natural, os assistentes fornecem respostas imediatas sobre tópicos relacionados ao às dúvidas dos usuários. Isso reduz a necessidade de navegação extensa e torna a interação mais intuitiva, aproximando o público das informações de interesse e ampliando o engajamento digital.
Já os agentes de IA dão um passo além: não apenas sugerem, mas também executam ações de forma autônoma. Com essas ferramentas, é possível desenvolver uma rede elétrica inteligente que atende a milhares de residências e indústrias. Um agente de IA pode monitorar continuamente o fluxo de energia, detectar padrões de sobrecarga ou falhas iminentes em transformadores e linhas de transmissão e agir automaticamente antes que o problema afete o consumidor.
Por outro lado, se uma linha apresenta risco de sobrecarga durante um pico de consumo, a solução é capaz de redirecionar a energia para outras partes da rede, acionar sistemas de armazenamento distribuído, como baterias ou painéis solares, para equilibrar oferta e demanda, e notificar equipes de manutenção apenas quando necessário, com instruções precisas sobre onde atuar. Tudo isso ocorre em tempo real, sem intervenção humana, garantindo continuidade do fornecimento, redução de perdas e maior segurança da rede.
Já no setor de gás, agentes de IA podem gerenciar redes de distribuição complexas, analisando continuamente pressão e vazão em pipelines. Se há risco de desequilíbrio ou vazamento, essa ferramenta pode reconfigurar automaticamente os fluxos, isolar trechos afetados e acionar sistemas de segurança, minimizando riscos, evitando desperdícios e garantindo que o serviço continue sem interrupções.
Construir soluções inteligentes de IA pode parecer um projeto demorado, mas já existem plataformas robustas capazes de acelerar a jornada. Elas combinam diferentes tecnologias, como IA Generativa, Processamento de Linguagem Natural (PLN) e Machine Learning, e oferecem estruturas completas de serviços, frameworks e componentes corporativos. Além de viabilizar a criação rápida de assistentes e agentes inteligentes, garantem segurança, privacidade e governança de dados, requisitos fundamentais em um setor regulado como o de utilities.
O futuro, portanto, será moldado pela capacidade das empresas de combinar o melhor da inteligência humana com a autonomia da inteligência artificial. Enquanto os assistentes ampliam o olhar dos profissionais, os agentes garantem precisão e agilidade na execução. Essa convergência já está transformando a forma como energia, água e gás são geridos, tornando o setor mais resiliente, sustentável e orientado ao cliente.
*Por Ricardo Recchi, regional manager Brasil e Portugal da Genexus by Globant.
Para sanar esses desafios, o setor vem passando por um processo de digitalização sustentado por tecnologias disruptivas, como a Inteligência Artificial Generativa (GenAI). Atualmente, 74% das empresas de utilities já implementaram ou estão explorando IA em suas operações, de acordo com uma pesquisa da IBM, o que demonstra a relevância estratégica do tema para o setor.
Entre as diferentes aplicações possíveis, a IA pode atuar em duas frentes principais: assistentes e agentes inteligentes. Os assistentes funcionam como ferramentas de suporte ao trabalho humano, ampliando a capacidade de decisão. Um exemplo que ilustra bem esse potencial vem de um processo altamente complexo: a construção de poços por petrolíferas.
Ao invés de depender exclusivamente da experiência humana para processar grandes volumes de dados estruturados e não estruturados, o que leva horas e compromete a eficiência, com a aplicação da IA, é possível reduzir esse tempo para segundos, integrando informações de operações em tempo real, registros manuais e custos. A partir disso, um assistente inteligente passa a interpretar dados não estruturados e gerar relatórios instantâneos em linguagem natural, permitindo decisões informadas, documentadas e ágeis para melhorar a qualidade e a precisão.
Outro desafio comum em utilities é o acesso rápido a informações internas. Em muitos casos, os profissionais precisam revisar manualmente um grande volume de documentação para esclarecer dúvidas de clientes sobre políticas e processos, o que torna o atendimento moroso e consome tempo que poderia ser direcionado a tarefas mais produtivas.
Para superar essa barreira, é possível criar um assistente de IA capaz de consultar automaticamente a base documental, apresentar respostas instantâneas em linguagem natural e oferecer uma interface simples e familiar, semelhante a aplicativos de mensagens. O resultado é um ganho expressivo em produtividade, maior fluidez no trabalho das equipes e a garantia de segurança e privacidade no tratamento dos dados.
Esses assistentes de acesso à informação também podem melhorar a experiência de clientes de concessionárias de utilities em seus portais ou aplicativos. Ao permitir consultas diretas em linguagem natural, os assistentes fornecem respostas imediatas sobre tópicos relacionados ao às dúvidas dos usuários. Isso reduz a necessidade de navegação extensa e torna a interação mais intuitiva, aproximando o público das informações de interesse e ampliando o engajamento digital.
Já os agentes de IA dão um passo além: não apenas sugerem, mas também executam ações de forma autônoma. Com essas ferramentas, é possível desenvolver uma rede elétrica inteligente que atende a milhares de residências e indústrias. Um agente de IA pode monitorar continuamente o fluxo de energia, detectar padrões de sobrecarga ou falhas iminentes em transformadores e linhas de transmissão e agir automaticamente antes que o problema afete o consumidor.
Por outro lado, se uma linha apresenta risco de sobrecarga durante um pico de consumo, a solução é capaz de redirecionar a energia para outras partes da rede, acionar sistemas de armazenamento distribuído, como baterias ou painéis solares, para equilibrar oferta e demanda, e notificar equipes de manutenção apenas quando necessário, com instruções precisas sobre onde atuar. Tudo isso ocorre em tempo real, sem intervenção humana, garantindo continuidade do fornecimento, redução de perdas e maior segurança da rede.
Já no setor de gás, agentes de IA podem gerenciar redes de distribuição complexas, analisando continuamente pressão e vazão em pipelines. Se há risco de desequilíbrio ou vazamento, essa ferramenta pode reconfigurar automaticamente os fluxos, isolar trechos afetados e acionar sistemas de segurança, minimizando riscos, evitando desperdícios e garantindo que o serviço continue sem interrupções.
Construir soluções inteligentes de IA pode parecer um projeto demorado, mas já existem plataformas robustas capazes de acelerar a jornada. Elas combinam diferentes tecnologias, como IA Generativa, Processamento de Linguagem Natural (PLN) e Machine Learning, e oferecem estruturas completas de serviços, frameworks e componentes corporativos. Além de viabilizar a criação rápida de assistentes e agentes inteligentes, garantem segurança, privacidade e governança de dados, requisitos fundamentais em um setor regulado como o de utilities.
O futuro, portanto, será moldado pela capacidade das empresas de combinar o melhor da inteligência humana com a autonomia da inteligência artificial. Enquanto os assistentes ampliam o olhar dos profissionais, os agentes garantem precisão e agilidade na execução. Essa convergência já está transformando a forma como energia, água e gás são geridos, tornando o setor mais resiliente, sustentável e orientado ao cliente.
*Por Ricardo Recchi, regional manager Brasil e Portugal da Genexus by Globant.