O BS2, ecossistema financeiro voltado para o público PJ, tem ampliado o uso de inteligência artificial e já observa avanços significativos na economia de tempo, na padronização das entregas e no aumento da qualidade do trabalho desenvolvido.
Segundo Patrícia Braga, superintendente de Pessoas e Cultura do BS2, uma das áreas que implementou o uso de IA, o banco observou uma economia de 96% no tempo investido na automação de cobrança de treinamentos obrigatórios. “Alimentamos a IA para que ela conhecesse os nossos procedimentos e, dessa forma, conseguimos definir um código automatizado que expede aviso aos colaboradores que ainda precisam realizar o treinamento”, conta a executiva. “Tudo isso dando visibilidade para o nosso compliance e para os gestores desses colaboradores, fortalecendo a governança corporativa”. Antes, a notificação que ocorria de forma manual demorava cerca de 2 horas e 15 minutos, agora, leva apenas 6 minutos.
De novos candidatos até o alto escalão
Os avanços alcançados pelo BS2 não param nos processos internos, eles também são sentidos na seleção de novos colaboradores. Anteriormente, as entrevistas com os candidatos eram transcritas manualmente e, na sequência, as respostas fornecidas eram avaliadas de acordo com o pilar da cultura do banco. Depois disso, o time de RH elaborava dois pareceres distintos, um detalhado, que ficava no RH, e outro mais objetivo, que era compartilhado com a liderança. “Isso nos custava um tempo precioso”, afirma Patrícia. “Agora, com IA, reduzimos o tempo em 85%. A transcrição da entrevista, a análise de fit cultural e o parecer levam apenas 3 minutos”. A executiva ainda conta que, agora, podem recorrer às informações mencionadas pelos candidatos nas entrevistas em caso de dúvida ou para complementar uma análise.
Esse é um movimento que veio para ficar. A pesquisa “AI for HR”, realizada pelo Distrito, revela que entre as principais operações em que a IA é utilizada, recrutamento e seleção lideram com 38% das menções. Na sequência, aparecem treinamento e desenvolvimento (19,8%) e gestão de desempenho (15,7%).
No BS2, a avaliação de performance da diretoria executiva também conta com uso de soluções inteligentes. O processo, que antes era realizado por uma consultoria, foi internalizado e entregue em tempo recorde.
Para Patrícia, são vários os benefícios conquistados com a mudança. Entre eles está a internalização do conhecimento e o fato de ter uma base comparativa das evoluções da alta liderança, que permitiu a tomada de decisões para o desenvolvimento e o reconhecimento dos executivos. “A padronização de toda a documentação produzida é um ganho trazido pela IA, mas não se restringe a isso. Nosso Conselho de Administração e o CEO da nossa organização conseguiram ter uma visão mais detalhada dos executivos por meio do conteúdo que foi produzido a partir das entrevistas, dos relatórios das entregas e dos assessments dos executivos realizados pelos seus pares e diretores”.
Pessoas seguem sendo necessárias
Para Renata Pentagna Guimarães, diretora executiva de Pessoas e Cultura do BS2, pessoas continuam a frente das tomadas de decisão e definição de estratégia do negócio. “Para isso, não fazemos uso de inteligência artificial. A capacitação das lideranças, as mentorias dos colaboradores, os comitês de calibragem demandam debates, reflexões e troca entre pessoas”, garante a executiva. “Agora, para trabalhos rotineiros que oneravam o nosso time em termos de tempo, os novos recursos são muito bem-vindos”.

