Humand digitaliza a experiência do colaborador e leva protagonismo ao trabalhador operacional

A Humand, empresa multinacional de soluções para área de recursos humanos, vem ganhando espaço ao propor uma transformação profunda na forma como organizações se relacionam com seus colaboradores – especialmente aqueles que historicamente foram pouco contemplados pelas iniciativas digitais. Criada por dois empreendedores argentinos ainda durante sua passagem pelo ambiente acadêmico dos Estados Unidos – um estudando no MIT e o outro em Stanford – a empresa nasceu com um propósito claro: desenvolver uma plataforma de gestão e comunicação corporativa desenhada para a realidade da América Latina, onde desafios como volatilidade econômica, limitação de investimentos e barreiras tecnológicas exigem soluções mais acessíveis, eficientes e flexíveis.

A história da Humand começou em um programa global de inovação promovido pela ArcelorMittal. A iniciativa convocava startups para apresentar projetos que pudessem ampliar o ecossistema tecnológico das grandes empresas, não apenas com ferramentas consolidadas, mas também com inovação de startups em estágio inicial. Foi nesse contexto que a Humand apresentou sua proposta: criar uma plataforma única capaz de centralizar toda a experiência do colaborador, da comunicação à rotina de processos de RH, com foco especial no trabalhador operacional – que representa cerca de um terço da força laboral do mundo, mas recebe menos de 20% dos investimentos em tecnologias corporativas.

O próprio nome da empresa reflete essa premissa. “Human” – humano – somado à letra “D”, de digital, expressa a visão de digitalização de pessoas e processos, conectando trabalhadores da linha de produção, chão de fábrica, logística e operação a estruturas de gestão antes restritas aos profissionais de escritório. Segundo Leandro Oliveira, diretor da Humand para EMEA e Brasil, essa distorção sempre esteve clara no mercado: enquanto empresas investem continuamente em soluções avançadas para equipes administrativas, ferramentas, integrações, inteligência artificial e dados estratégicos, o trabalhador da ponta continua com pouca informação, baixa autonomia e raras oportunidades de interação.

A Humand, então, se propõe a quebrar essa lógica. A plataforma reúne mais de 30 módulos que abarcam desde comunicação interna e rede social corporativa privada até portal do colaborador, onboarding, automação de processos, gestão de treinamentos, pesquisas de clima, canais de ouvidoria, avaliação de desempenho e automações orientadas por inteligência artificial. Tudo isso acessível pelo celular pessoal do funcionário, já que a maioria das empresas não possui estrutura para disponibilizar dispositivos corporativos para milhares de colaboradores.

Esse ponto é crucial, pois apresenta uma das maiores barreiras culturais e operacionais enfrentadas pelos departamentos de RH: como garantir que um funcionário sem acesso frequente a computadores, muitas vezes com baixa alfabetização digital e trabalhando em regimes de escala ou turnos, consiga usar ferramentas de gestão e comunicação corporativa? Para isso, a Humand segue um princípio básico: o ambiente digital precisa ser familiar. Sua interface funciona como uma rede social privada, visualmente próxima de aplicativos que qualquer pessoa já conhece, como Facebook. Essa estratégia reduz a resistência inicial, incentiva a navegação espontânea e permite que o colaborador aprenda a usar o sistema de forma natural.

Ao contrário de plataformas tradicionais que chegam prontas e completas desde o primeiro dia, a Humand adota um processo de implantação evolutivo. Os módulos são ativados gradualmente, com base na maturidade digital dos colaboradores, nas necessidades do cliente e nos dados de engajamento coletados em tempo real. Normalmente, a jornada começa pela comunicação corporativa, pois é o ponto de maior impacto imediato: quando o colaborador passa a receber informações relevantes, em linguagem direta e de forma transparente, sente que finalmente participa do fluxo oficial de informações. Situações simples – como evitar que um colaborador chegue à fábrica após duas horas de trânsito e descubra apenas ao chegar que o estacionamento está fechado para pintura – já demonstram o quanto informação clara afeta moral, clima e pertencimento.

Esse senso de pertencimento é medido e acompanhado. Segundo benchmarks internos da empresa, clientes observam redução média de 18% no turnover ligados ao aumento de engajamento e à maior fluidez no acesso às informações. Além disso, empresas registram crescimento de 20% a 25% na participação em pesquisas de clima – resultado especialmente impulsionado pela entrada dos trabalhadores operacionais, que antes ficavam isolados de ferramentas eletrônicas, sem acesso a comunicados corporativos ou formulários internos enviados por e-mail.

O impacto na operação também é expressivo. Um dos casos relevantes é o de uma empresa mexicana com 150 mil colaboradores e 600 profissionais de RH. Antes da implementação, qualquer solicitação simples – atualização cadastral, consulta de holerite, pedido de documento, alteração de endereço – levava cinco dias para receber a primeira resposta. Após a inclusão do portal do colaborador e fluxos automatizados de atendimento baseados em IA, essas mesmas demandas passaram a ser resolvidas em até 72 horas, dando autonomia aos funcionários e reduzindo enormemente a dependência de atendimento humano direto, ainda com redução do time de RH.

Com essa automação, processos como inclusão de dependentes no plano de saúde, upload de documentos, acesso a comprovantes, solicitações trabalhistas e consultas sobre benefícios passam a ser realizados diretamente pelo colaborador, sem necessidade de suporte imediato de analistas – que podem então se dedicar a atividades estratégicas. Nas palavras de Oliveira, trata-se de dar protagonismo ao colaborador, permitindo que ele deixe de ser alguém “que espera respostas” para se tornar “agente ativo de suas próprias demandas”.

A expansão internacional da Humand reforça a ambição global do projeto. Após se consolidar como plataforma presente em toda a América Latina hispânica, a empresa entrou no Brasil em 2024 e já conta com quase 100 mil usuários locais, apenas nove meses após iniciar operações. Mundialmente, são mais de 300 colaboradores distribuídos em 17 países, com clientes em 45 nações e plataforma disponível em 16 idiomas – número que estará ainda maior no primeiro trimestre do próximo ano, com novas traduções, incluindo árabe, alemão, holandês e indonésio.

O desenvolvimento tecnológico é liderado majoritariamente a partir da Argentina, que se tornou o centro de P&D da empresa. A decisão tem um viés estratégico: aproveitar o talento técnico da região e reduzir custos em comparação com mercados como Estados Unidos e Europa, tornando a solução mais competitiva para empresas da região. Já a implementação técnica, integrações, suporte e gestão de projetos são distribuídos entre equipes locais nos países em que a Humand opera, permitindo maior adaptação a legislações, LGPD, práticas culturais e particularidades de cada mercado.

LGPD

No caso do Brasil, o cumprimento da LGPD é um pilar central. Cada implantação passa por revisão conjunta com as equipes de compliance do cliente e da empresa, definindo exatamente quais dados serão coletados, com que finalidade e por quanto tempo permanecerão armazenados. Termos de consentimento customizados são disponibilizados aos colaboradores, para que o uso seja transparente e aderente às regras legais, especialmente considerando que o acesso é feito pelo dispositivo pessoal do funcionário.

O modelo de negócios segue a modalidade SaaS, baseado em licenças por volume de usuários, com possibilidade de modelos escaláveis para empresas em crescimento, fusões ou expansão acelerada. A solução atende organizações de qualquer segmento ou tamanho – desde pequenas empresas que desejam estruturar um RH mais enxuto até grandes corporações industriais que possuem dezenas de milhares de trabalhadores operacionais.

Ao centralizar comunicação, processos e dados em um único ecossistema acessível pelo celular, a Humand se posiciona como uma plataforma que não apenas digitaliza o RH, mas redistribui o acesso à tecnologia dentro das empresas. Em vez de um RH que fala com poucos, a empresa propõe um RH que finalmente fala com todos – e que, melhor ainda, passa a ouvir todos, com dados, métricas, participação e realidade captada diretamente da ponta.

Em um cenário em que a transformação digital é muitas vezes restrita às camadas administrativas, a Humand coloca no centro da discussão um dos maiores dilemas do mundo do trabalho: é impossível transformar empresas de forma real se um terço da força de trabalho continuar desconectado do processo. A partir dessa premissa, a empresa construiu uma plataforma que não apenas leva tecnologia ao chão de fábrica, mas muda a lógica da relação entre pessoas, processos e informações dentro das organizações. Para o colaborador, representam voz, autonomia e pertencimento. Para a empresa, mais eficiência, redução de atritos operacionais e uma cultura verdadeiramente integrada.

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