O Grupo Stefanini e a Scopism divulgaram o Global SIAM Survey 2025, oitava edição do levantamento que acompanha a evolução do Service Integration and Management (SIAM) no mundo. Um dos destaques desta edição é o avanço da inteligência artificial aplicada ao SIAM, especialmente em áreas críticas. Embora a utilização geral de IA tenha se mantido estável em relação ao ano anterior, 85% das organizações já aplicam IA na gestão de incidentes, evidenciando a consolidação da automação no suporte e na resolução de falhas.
Ao mesmo tempo, o relatório aponta um “bloqueio estrutural” que afeta a maturidade do SIAM. 74% das empresas citam integração de sistemas como o principal desafio, seguido por custos (64%) e privacidade de dados (50%). Esses obstáculos impactam a capacidade das organizações de escalar SIAM como framework de governança e orquestração entre fornecedores.
O estudo reúne respostas de 232 participantes em 34 países e traça um panorama atualizado das práticas, desafios e tendências que moldam a integração e gestão de serviços em ambientes com múltiplos fornecedores.
O levantamento também mapeia três dimensões-chave:
• Jornada de adoção: Organizações em fases mais avançadas relatam melhorias em consistência de entrega, padronização e visibilidade de ponta a ponta, mas reconhecem que integração e alinhamento entre fornecedores continuam sendo gargalos.
• Expectativas dos clientes: A pesquisa destaca demanda crescente por entregas integradas, indicadores unificados e transparência no desempenho dos serviços.
• Fornecedores e consultorias: Profissionais apontam lacunas de habilidades em SIAM e maior pressão por resultados tangíveis, especialmente nas implementações que envolvem IA.
Para o Grupo Stefanini, a evolução do SIAM está diretamente ligada ao avanço de ambientes multicloud, ao aumento da complexidade das operações e à necessidade de cadeias de valor mais integradas. “O relatório mostra como IA e automação estão redefinindo o SIAM, mas também reforça que governança e colaboração são essenciais para avançar”, afirma Farlei Kothe, CEO da companhia para América do Norte, EMEA e Ásia-Pacífico.
Claire Agutter, fundadora da Scopism, destaca que o setor deve entrar em uma fase de amadurecimento mais rápido em 2026, com ênfase em experience management, ROI claro de projetos de IA e expansão do modelo de “SIAM como serviço” por parte dos MSPs. Ela ressalta ainda que a América do Norte deve liderar o crescimento no próximo ano.
As conclusões reforçam que, apesar do uso crescente de IA e automação, a integração plena entre fornecedores, dados e processos continua como o principal desafio para a evolução do SIAM, exigindo investimentos em governança, padronização e modelos operacionais mais maduros.


