Roger Solé, executivo americano que já foi CMO da TIM no Brasil, acaba de ser contratado para ser o novo CEO da Alloha, o provedor de serviços de fibra ótica controlado pela eB Capital.
Solé começou sua carreira no final dos anos 90 na consultoria Oliver Wyman, atendendo empresas de telecomunicações na Europa e América Latina. Na sequência foi para a Vivo, onde trabalhou mais de seis anos entre 2002 e 2008, os últimos dois como vice-presidente de marketing.
Ele trabalhou outros cinco anos como CMO da TIM Brasil, antes de voltar para os Estados Unidos para assumir o mesmo cargo na Sprint, uma grande operadora de telefonia móvel do país.
Nos últimos anos, Solé passou ainda pelo cargo de CMO na WeWork, gigante de coworking e na Univision, a grande rede de televisão voltada para o público latino dos Estados Unidos, no qual trabalhava na oferta de streaming.
Eduardo Sirotsky Melzer, o fundador da eB Capital (e também ligado por tabela com a família dona da RBS) disse ao Brazil Journal que a troca de CEO tem que ver com uma mudança de fase.
O CEO anterior, Lorival Luz, assumiu o cargo em julho de 2023 com o mandato de integrar as 16 empresas que a Alloha adquiriu ao longo dos anos, e de fazer uma reorganização societária, o que agora está concluído.
“Agora estamos apontando a companhia para uma direção de crescimento orgânico e para deixá-la preparada para participar dos grandes movimentos de consolidação da indústria, que seriam transformacionais para ela”, disse Melzer ao site de finanças.
(No lado de TI, a integração envolveu reduzir o número de sistemas de 89 para 17, um processo descrito em detalhes em uma matéria no Baguete).
Solé, por sua parte, disse ao Brazil Journal que o seu objetivo é “melhorar nossas métricas operacionais de forma muito inteligente e rentável”.
Dá para ler nas entrelinhas que o eB está preparando a Alloha para ser vendida, e é isso que apontam também os jornalistas do Brazil Journal, destacando que o fundo eB quer sair da empresa, recuperando o investimento que fez em 2018.
Em 2022, a eB Capital chegou a contratar o Lazard para tentar vender a infraestrutura de fibra da Alloha separadamente, mas o negócio não foi adiante, revela o Brazil Journal.
No ano passado, a Alloha fez uma receita líquida de R$ 1,7 bilhão e EBITDA de R$ 784 milhões.