Apenas 9% dos executivos acreditam em IA totalmente autônoma no futuro

Durante o ONE World Tour Latam 2025, realizado pela OutSystems, Rodrigo Soares Rego, Solution Architecture Manager LATAM da companhia, apresentou dados de um estudo conduzido em parceria com a KPMG, que ouviu mais de 500 executivos de TI entre abril e maio. A pesquisa mapeou o estágio de adoção de inteligência artificial (IA), incluindo o uso no ciclo de desenvolvimento de software, a aplicação de agentes inteligentes (agentic AI) e o impacto esperado na força de trabalho.

Américas e Ásia-Pacífico lideram adoção

De acordo com o levantamento, Américas e Ásia-Pacífico estão mais avançadas na adoção da IA, enquanto a Europa permanece majoritariamente na fase de experimentação. No recorte sobre integração de agentes, 47% das empresas afirmam já estar implementando ou nos primeiros seis meses de implantação. “A grande maioria já está ou fazendo ou próxima de ter algo em produção. Achei que haveria mais empresas ainda nos preparativos, mas o movimento está acelerado”, disse Rego.

No Brasil, embora não haja dados específicos, o executivo avalia que o mercado segue o padrão global, com companhias iniciando pilotos e projetos de MVP (Produto Mínimo Viável).

Principais desafios: fragmentação, governança e segurança

O estudo identificou que 44% dos executivos citam o IA Sprawl — a proliferação de múltiplas ferramentas de IA em sistemas distintos, como CRM, RH e ITSM — como principal obstáculo. A fragmentação dificulta governança, monitoramento e qualidade dos dados. Outros desafios incluem segurança e compliance, integração com fluxos existentes, custos de implementação, shadow IT e falta de expertise interna.

Rego ressaltou ainda a preocupação com alucinações e decisões incorretas, inerentes ao modelo estatístico da IA, reforçando a importância de manter humanos no fluxo de trabalho. “Não se trata de substituir pessoas, mas de fazer a IA trabalhar em conjunto com elas.”

Abordagem da OutSystems

Para mitigar o IA Sprawl, a OutSystems aposta em uma plataforma única que permite criar tanto aplicações low-code quanto agentes inteligentes, centralizando governança, monitoramento e gestão de usuários. A novidade foi o lançamento do Agent Workbench, que possibilita a construção e gestão de múltiplos agentes na própria plataforma, aproveitando sua escalabilidade e segurança.

Impactos no trabalho e novos cargos

Segundo a pesquisa, 69% dos executivos acreditam que a IA criará novos cargos, exigindo habilidades como arquitetura, governança e debug de agentes — tarefa mais complexa que o debug tradicional. Apenas 9% preveem IA totalmente autônoma no futuro. “O cenário mais provável é a interação constante entre humanos e agentes”, destacou Rego.

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