Os trabalhadores da Oi em São Paulo decidiram aceitar um acordo coletivo sem reajuste salarial. Em assembleia online realizada pelo Sintetel, passou com 87,4% dos votos favoráveis, a proposta final para o Acordo Coletivo de Trabalho 2025/2026, que prevê aumento zero e apenas compensações pontuais.
A assembleia se deu no dia em que a Justiça voltou a liberar recursos da ordem de meio bilhão de reais para a Oi, que estavam bloqueados em conta vinculada à compromissos assumidos com a Anatel e o Tribunal de Contas da União.
Entre os itens aprovados pelos empregados, está o pagamento de um abono indenizatório em tíquete no valor de R$ 2.001,00, com coparticipação simbólica de R$ 1,00. O benefício será creditado até 15 de dezembro de 2025 para os empregados em atividade em 31 de agosto daquele ano e também no momento do crédito. Trabalhadores em licença-maternidade e em férias também serão contemplados.
O acordo estabelece ainda a atualização do piso salarial para R$ 1.631 a partir de 1º de janeiro de 2026, enquanto o tíquete alimentação/refeição será reajustado pelo INPC, passando de R$ 45,06 para R$ 47,33. Por outro lado, benefícios como creche auxiliar, auxílio medicamentoso e outros programas de apoio permanecerão sem reajuste.
Também ficou definida a renovação, por mais um ano, do Acordo de Teletrabalho, mantendo valores e condições atuais entre setembro de 2025 e agosto de 2026. O Programa de Medicamento de Uso Contínuo será preservado nos moldes atuais, cobrindo somente remédios fora do escopo do Farmácia Popular.
O Termo de Transição de Carreira deverá ser discutido posteriormente, em conjunto com as condições para eventuais pacotes de desligamento. Todas as demais condições praticadas atualmente serão mantidas.