Athletico Paranaense suspende naming rights da Arena da Baixada

O Athletico Paranaense parou de usar o termo Ligga Arena para se referir ao seu estádio, surpreendendo a Ligga Telecom, empresa de telecomunicações detentora dos naming rights da Arena da Baixada desde 2023.

De acordo com o Globo Esporte, o clube passou a se referir ao estádio com o antigo nome na divulgação de jogos e eventos em suas mídias no fim de maio.

“A Ligga Telecom foi surpreendida com a decisão do Club Athletico Paranaense de suspender a utilização do nome ‘Ligga Arena’ na identificação do estádio, visto que negociações estão em curso”, disse a empresa em nota.

A companhia salientou que, por cláusulas de confidencialidade, maiores informações sobre as tratativas em andamento não podem ser divulgadas.

“Ressaltamos que o diálogo entre as partes tem o objetivo de revisar os termos do contrato de naming rights vigente, com foco na construção de uma solução que atenda aos interesses mútuos. A Ligga reitera que os diálogos com o CAP seguem de maneira respeitosa e responsável”, seguiu o comunicado.

O Athletico não respondeu à tentativa de contato do GE até a publicação da reportagem.

Em junho de 2023, o Athletico fechou a venda dos naming rights da Arena da Baixada para a Ligga Telecom por R$ 200 milhões, em contrato válido por 15 anos. O valor por temporada gira em torno de R$ 13,3 milhões.

A cifra só ficou atrás de Neo Química Arena (Corinthians) e Allianz Parque (Palmeiras). Ambos têm valores e tempo de contrato iguais: R$ 300 milhões por 20 anos.

No balanço financeiro da temporada passada, divulgado em abril deste ano, o clube declarou o repasse de R$ 14,1 milhões da empresa referente ao acordo pelos direitos de nome.

No final de maio, o portal Um Dois Esportes levantou a bola de que havia alguma coisa fora da ordem na relação. Segundo o site, a Ligga teria deixado de pagar R$ 70 milhões ao clube, o que foi negado pela companhia.

A Ligga teria motivos para pelo menos querer pagar valores menores: no ano passado, o Athletico foi rebaixado para a série B do Campeonato Brasileiro, o que reduz muito a visibilidade alcançada com os naming rights.

Além disso, as prioridades na companhia podem ter mudado. Desde o fechamento do acordo, muitos profissionais de alto calibre deixaram a empresa de telecomunicações.

A lista inclui o diretor de Relações Institucionais e Governamentais Vitor Menezes; o CFO Eduardo Silveira e o CEO Adeodato Volpi Netto.

Também em maio, o empresário e investidor Nelson Tanure deixou o conselho de administração da Ligga, da qual é o principal investidor. 

Tanure assumiu o controle da operadora paranaense quando a estatal Copel Telecom foi leiloada na B3, no fim de 2020, e depois fundiu a mesma com a  Sercomtel, operadora de telecom de Londrina.

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