Banco do Brasil controla uso de inteligência artificial pelos funcionários

O crescente uso de inteligência artificial por funcionários está trazendo novas preocupações de segurança para o setor bancário. Marco Antonio Mantovani, gerente de segurança da informação do Banco do Brasil, destaca que, embora a IA traga benefícios, é crucial garantir a proteção dos dados corporativos e dos clientes.

“Hoje, todas as empresas estão utilizando IA, não só pelo bancário, mas para integrar os negócios. No setor bancário a gente observou o uso primeiramente nos chats, nos robôs de chat, no WhatsApp, nos diversos canais, nos assistentes virtuais também. E nos modelos. A gente tem modelos para crédito, risco, compras, automação de processos, e mais recentemente a codificação. Um fator bem importante na IA é que as pessoas, os colaboradores, também perceberam a vantagem do uso no dia a dia e querem utilizar a IA para as atividades que fazem. Então, além de ter um time para criar IA para os negócios, também temos que disseminar isso para os nossos colaboradores utilizarem de forma segura”, afirma Mantovani.

Ao participar nesta terça, 29/4, da 3ª edição do Tech Bank Forum, realizado pela Network Eventos, o gerente de segurança da informação do BB destacou que o principal ponto de atenção é a segurança dos dados. “No uso dos colaboradores nas tarefas que eles realizam, a gente tem uma preocupação com os dados, com os dados do banco, com os dados corporativos, com os dados que a gente é o depositário, que a gente é o agente controlador dos dados. Tem preocupação com a segurança dessas informações, principalmente com a confidencialidade”, explica.

Para mitigar os riscos, o Banco do Brasil estabeleceu diretrizes claras para o uso de IA. “Então, o banco fomenta o uso das aplicações de IA contratadas. Tem um contrato jurídico, tem uma segurança, é organizado, você utiliza a solução que tá no banco e essa informação não é utilizada para aprimorar os modelos de IA. Aí a preocupação mora exatamente nesse ponto. Então, para essas soluções de IA abertas, a gente orienta para utilizar apenas informações públicas. A gente não coloca dados de cliente”, detalha Mantovani.

O banco também implementou normas e procedimentos para controlar o uso da IA pelos funcionários. “Temos normas e procedimentos direcionadores. No banco, a gente trabalha com soluções contratadas, corporativas, que a gente deixa o colaborador utilizar, dentro das regras definidas. E essas soluções de IA aberta só podem ser utilizadas com dados públicos. É uma forma de mitigar um eventual problema que possa ocasionar um vazamento e para organizar melhor o uso. Se deixa utilizar qualquer IA, é difícil fazer um direcionamento e ter um track dessas informações”, conclui o gerente de segurança da informação do Banco do Brasil.

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