Biometria na Neo Química Arena derruba 90% do cambismo

O Corinthians deu um passo decisivo na transformação digital com a adoção da biometria facial obrigatória para acesso à Neo Química Arena, medida que já começa a impactar a relação entre tecnologia, privacidade e experiência do torcedor. Em entrevista à TI Inside, gravada durante o TI Inside Innovation Fórum, o diretor de tecnologia do clube, Marcelo Munhoes, e o DPO, Walter Calza Neto, detalharam os bastidores da implementação da tecnologia, prevista na Lei Geral do Esporte para arenas com mais de 20 mil lugares.

Segundo Calza, embora a lei justifique a coleta de dados, o volume de informações sensíveis – que pode ultrapassar 1,5 milhão de cadastros – exige controles rigorosos de segurança. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já notificou clubes para verificar como essas informações estão sendo tratadas, reforçando a necessidade de governança robusta. Munhoes destacou que, além de atender às exigências legais, a biometria trouxe ganhos imediatos: a redução de até 90% no cambismo, problema histórico que desviava milhares de ingressos por partida. “Hoje sabemos exatamente quem entra no estádio e onde se senta. Isso mudou completamente a forma de gestão”, afirmou.

Os executivos ressaltaram que, apesar da resistência inicial de parte da torcida, a tendência é de normalização. O clube já percebe aumento gradual no público e avalia a tecnologia como fator estratégico para o futuro, não apenas para segurança, mas também para análise de dados, relacionamento com os mais de 35 milhões de torcedores e novas oportunidades de receita. “A informação é poder, e no Corinthians esse poder precisa estar a serviço da experiência do torcedor e da sustentabilidade do clube”, completou Munhoes.

Confira a entrevista completa:

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