Brasil inicia em seis meses obras para receber data center do TikTok; governo vincula avanço à MP do ReData

O Ministério de Minas e Energia afirmou que as obras para receber um data center do TikTok no Brasil começarão em seis meses, com investimento estimado em R$50 bilhões no Ceará. O anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Silveira, durante evento em Belém (PA), e foi associado diretamente à MP do ReData, editada no mês passado para criar estímulos fiscais e regulatórios ao setor de data centers. 

Segundo o MME, a MP do ReData foi desenhada para atrair data centers com contrapartidas de conteúdo local, P&D e critérios de sustentabilidade, como contratação de energia renovável. Para Silveira, a combinação de matriz elétrica limpa e incentivos federais posiciona o país “como principal destino” desses empreendimentos. 

“Pelas nossas potencialidades e pelo que construímos e fortalecemos nos últimos anos, o Brasil se coloca com infraestrutura suficiente e com energia limpa e renovável. Por isso, assinamos a Medida Provisória do Redata, que cria uma série de estímulos para a atração de data centers, e um deles já anunciado no Ceará. Serão investidos R$50 bilhões, que demonstram o potencial do Brasil para recepcionar estes investimentos”, anunciou o Ministro.

O projeto do TikTok é apontado para o Complexo do Pecém, em iniciativa conjunta da ByteDance com a Casa dos Ventos. Em maio, a empresa brasileira obteve duas aprovações-chave para tocar um data center de 300 MW no local, segundo a agência. 

Soberania

O movimento reforça a corrida por capacidade de computação no país e reabre discussões já levantadas pelo setor sobre descentralização da infraestrutura, acesso à energia e a calibragem dos incentivos fiscais, além do debate ambiental. Em painel recente na Futurecom, executivos defenderam um desenho de política pública que evite concentração regional e considere impactos sobre redes e suprimento elétrico.

“Estamos preocupados que estes investimentos gerem efetivamente frutos e resultados, e não sejam apenas pontos de armazenamento de informações para outras nações. Queremos que eles gerem emprego e renda, por isso também estamos garantindo conteúdo local”, concluiu o Ministro.

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