Brasil sobe quatro posições no Ranking Mundial de Competitividade Digital

Na edição 2025 do Ranking de Competitividade Digital do IMD World Competitiveness Center (WCC), que analisou 69 nações, o Brasil ocupa o 53º lugar, superando o período de estagnação observado em 2023 e 2024. O país registrou melhora nos três principais fatores avaliados: em tecnologia, subiu para a 58ª posição, dois pontos acima do ano anterior; em conhecimento, alcançou o 56º lugar; e em prontidão para o futuro, apresentou o maior progresso, com um avanço de três posições, chegando à 50ª colocação. Esses resultados indicam uma recuperação gradual da competitividade digital brasileira, impulsionada por avanços em inovação, digitalização e capacidade de adaptação às transformações tecnológicas globais.

A metodologia do Anuário, que tem a parceria técnica do Núcleo de Inovação, IA e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC), é elaborada a partir de dados estatísticos coletados em fontes internacionais relevantes e da percepção de executivos, coletada em uma survey, que avalia um total de 61 indicadores que refletem importantes percepções sobre geração de conhecimento, prontidão tecnológica e demandas para o futuro, destacando as perceptivas de governo e organizações privadas. Neste ano, o Ranking passou a incluir três novas economias: Quênia, Omã e Namíbia.

Visão geral do Ranking de Competitividade Digital 2025

Posição País Posição por fator
Tecnologia Conhecimento Prontidão para o futuro
Suíça
Estados Unidos
Singapura
Hong Kong 10º
Dinamarca
Países Baixos
Canadá
Suécia 10º 11º
Emirados Árabes Unidos 12º
10º Taiwan 11º 16º
53º Brasil 58º 54º 50º
60º Argentina 68º 63º 41º
61º Botswana 55º 61º 64º
62º Quênia 61º 57º 62º
63º Turquia 67º 60º 59º
64º Peru 62º 66º 63º
65º Gana 60º 68º 57º
66º Namíbia 64º 59º 68º
67º Mongólia 63º 64º 66º
68º Nigéria 66º 67º 69º
69º Venezuela 69º 69º 67º

Fonte: IMD (2025)

Após uma grande concorrência no último ano, a Suíça passou a ocupar o 1º lugar no Ranking (no ano anterior, ela ficou em 2º). O país europeu apresenta desempenho de destaque em conhecimento (1º lugar), resultado associado à sua infraestrutura de ensino e pesquisa, bem como à capacidade de formar e reter talentos qualificados.

A Suíça é seguida pelos Estados Unidos (2º), Singapura (3º) e Hong Kong (4º). A Europa também tem ampla presença entre as primeiras colocações. A Dinamarca (5º lugar) aparece como líder em prontidão para o futuro (1º), enquanto os Países Baixos (6º) e a Suécia (8º) mantêm posições de destaque em indicadores de tecnologia e conhecimento. Esses resultados refletem esforços de longo prazo em inovação, educação e desenvolvimento de competências digitais.

Os Emirados Árabes Unidos (9º lugar) representam o Oriente Médio entre os dez primeiros países do Ranking. O desempenho do país está relacionado a iniciativas de digitalização e políticas voltadas à modernização administrativa e à diversificação econômica.

Na América Latina, assim como o Brasil (53º lugar), Argentina (60º), Peru (64º)  e outros países da região figuram na segunda metade da lista.

As posições mais baixas concentram-se entre países da Ásia, África e América Latina como Mongólia (63°), Nigéria (68º) e Venezuela (69º). Esses resultados refletem diferenças na capacidade de investimento e desenvolvimento digital observadas entre as regiões analisadas.

O cenário brasileiro

Posição por subfatores e indicadores de competitividade digital do Brasil em relação ao mundo
CONHECIMENTO 54º TECNOLOGIA 58º PRONTIDÃO PARA O FUTURO 50º
Talento 68º Ambiente Regulatório 59º Atitudes adaptativas 44º
Avaliação Educacional PISA – Matemática 53º Legislação para abertura de um negócio 61º Uso de serviços públicos online pela população 19º
Experiência Internacional 64º Execução de contratos 41º Varejo online (US$ por 1000 pessoas) 45º
Pessoal estrangeiro altamente qualificado 63º Legislação para imigração de profissionais 35º Uso de tablets (% das famílias) 56º
Gestão das cidades 64º Incentivo para desenvolvimento e aplicação tecnológica 58º Uso de smartphone (% das famílias) 19º
Habilidades digitais e tecnológicas 60º Legislação para pesquisa científica e inovação 60º Ações para a globalização 46º
Fluxo de estudantes estrangeiros 49º Direito de propriedade intelectual 60º Flexibilidade e adaptabilidade 40º
Pesquisadores do gênero feminino* Políticas de Inteligência Artificial aprovadas por lei* 44º  
Empregos técnicos e científicos (%)* 37º Capital 64º Agilidade empresarial 57º
Treinamento e educação 56º Capitalização do setor TIC (%) 46º Respostas às oportunidades e ameaças 47º
Treinamento de empregados 51º Financiamento para desenvolvimento tecnológico 62º Distribuição mundial de robôs (%) 20º
Gastos totais em educação (% do PIB) 26º Serviços bancários e financeiros 60º Agilidade das empresas 42º
% da pop. com educação superior 56º Avaliação de crédito do país 57º Uso de big data e analytics 57º
Proporção aluno-professor (ensino superior) 48º Disponibilidade de Capital de Risco 64º Prática de transferência de conhecimento 65º
% de graduação em STEM 59º Investimento em telecomunicações (% do PIB) 49º Aversão a riscos 41º
População feminina com educação superior 52º Investimentos privados em IA 16º Integração de TI 45º
Índice de Educação em Ciência da Computação 31º Contexto Tecnológico 53º Governo digital 42º
Concentração científica 29º Tecnologia de comunicações 55º Parcerias público-privada 55º
Gastos totais em P&D (% do PIB) 35º Assinantes de banda larga móvel (%) 53º Segurança digital 59º
Produtividade de publicações por pesquisas Banda larga sem fio 54º Pirataria de softwares (%) 36º
% de patentes em projeto de IA 31º Usuários de internet por 1000 habitantes 52º Segurança cibernética do governo 26º
% de patentes de alta tecnologia 46º Velocidade média da Internet (Mbps) 35º Leis de privacidade 44º
Número de robôs em educação e P&D 17º Exportações de manufaturas high-tech 44º
Artigos sobre Inteligência Artificial (IA)* 55º Servidores de internet seguros 45º

* Novos subfatores

Fonte: IMD (2025)

O Brasil tem avanços expressivos em inovação e digitalização, alcançando posições de destaque em indicadores que reforçam o fortalecimento da economia do conhecimento e a capacidade do país de gerar e difundir tecnologia.

Destaques positivos do Brasil

1 Produtividade de publicações por pesquisas (9%)
2 Investimentos privados em IA (16%)
3 Número de robôs em educação e P&D (17%)
4 Uso de serviços públicos online pela população (19%)
5 Uso de smartphone (% das famílias) (19%)

 

O país obteve sua melhor colocação em produtividade de publicações por pesquisas (9º lugar), resultado do crescimento de programas de fomento à ciência e da aproximação entre universidades, centros de P&D e empresas. “Esse movimento tem impulsionado o desenvolvimento tecnológico, ampliado a visibilidade internacional da produção acadêmica brasileira e estimulado a criação de soluções de alto valor agregado, conectando pesquisa e aplicação prática”, explica Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação, IA e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC).

Outro ponto relevante é o aumento dos investimentos privados em inteligência artificial (16º lugar), reflexo do amadurecimento do ecossistema de startups e da expansão do uso de IA em setores estratégicos, como saúde, finanças e educação. Esse avanço evidencia o fortalecimento do ambiente de inovação nacional, marcado pela maior participação do setor privado em tecnologias de impacto econômico e social. Além disso, demonstra uma tendência de consolidação da inteligência artificial como vetor de transformação produtiva, com aplicações que vão desde a otimização de processos empresariais até o aprimoramento de políticas públicas.

O país também se destaca no número de robôs utilizados em educação e pesquisa e desenvolvimento (17º lugar), mostrando progresso na integração entre automação, ensino e inovação. Universidades e institutos tecnológicos têm investido em infraestrutura, formação docente e espaços de experimentação, ampliando a capacitação de profissionais voltados à economia digital. Essa evolução reforça o papel do ambiente acadêmico como indutor de competências técnicas e de inovação aplicada.

Por fim, o uso de serviços públicos online (19º lugar) e o uso de smartphones pelas famílias (19º lugar) revelam o avanço da digitalização no cotidiano da população. O aumento do acesso a dispositivos móveis e a popularização de plataformas digitais têm ampliado a conectividade e permitido a modernização da gestão pública. Um exemplo emblemático é o Gov.br, plataforma que unifica o acesso a milhares de serviços digitais do governo federal e contribui para maior eficiência e transparência nas interações entre Estado e cidadão. Esses resultados indicam que o Brasil está consolidando bases estruturais para o avanço tecnológico e para o fortalecimento de sua competitividade digital no cenário internacional.

Contudo, o posicionamento brasileiro nas últimas colocações em alguns subfatores de desenvolvimento e integração digital, como prática de transferência de conhecimento (65º) e disponibilidade de capital de risco (64º), ainda limita o ritmo de avanço e a consolidação de um ecossistema inovador.

O que ainda precisa ser resolvido?  Pontos de atenção

1 Prática de transferência de conhecimento (65º)
2 Disponibilidade de Capital de Risco (64º)
3 Experiência Internacional (64º)
4 Gestão das cidades (64º)
5 Pessoal estrangeiro altamente qualificado (63%)

 

Considerando todos os dados do estudo, são sugeridos pontos de atenção para as lideranças empresariais e governamentais brasileiras para o avanço da competitividade nacional.

Ponto de atenção 1:  prática de transferência de conhecimento

A integração entre universidades, empresas e o poder público permanece como um dos maiores desafios para o avanço da competitividade digital brasileira. O país ocupa a 65ª posição em prática de transferência de conhecimento, o que evidencia a dificuldade de transformar a produção científica em inovação aplicada e em soluções tecnológicas escaláveis. Essa desconexão entre pesquisa e mercado reduz o impacto dos avanços científicos e limita a capacidade nacional de gerar produtos e serviços de alto valor agregado.

Enquanto Suíça e Canadá se destacam pela criação de ecossistemas colaborativos que aproximam ciência, indústria e governo, o Brasil ainda carece de políticas estruturadas que consolidem essa ponte. É essencial fortalecer os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) e expandir os mecanismos de incentivo à cooperação entre universidades e empresas, favorecendo a criação de projetos conjuntos e o uso estratégico da propriedade intelectual. Além disso, investir em pesquisas aplicadas e ampliar a interação entre o setor acadêmico e o produtivo são passos fundamentais para transformar conhecimento em inovação, impulsionar a competitividade nacional e elevar a relevância científica do Brasil no cenário global.

Ponto de atenção 2: disponibilidade de capital de risco

O acesso ao capital de risco ainda é uma barreira significativa para o avanço da inovação no Brasil. Na 64ª colocação, o país demonstra um ecossistema de investimentos que privilegia a segurança e evita riscos, o que dificulta o financiamento de startups e empresas emergentes. Essa limitação é agravada pela burocracia e pela ausência de instrumentos de apoio público-privado, que em outras economias são decisivos para o crescimento de negócios inovadores.

Em contrapartida, Estados Unidos e Hong Kong oferecem exemplos de como a estabilidade regulatória e o ambiente de negócios favorável podem impulsionar o investimento em inovação. Nos Estados Unidos, o sucesso se deve à combinação de um mercado financeiro maduro e de políticas como a Lei JOBS Act (2012), que ampliou as formas de captação de recursos e facilitou o acesso de startups ao mercado de capitais. Além disso, universidades e fundos privados atuam em conjunto, criando uma cultura de investimento baseada em alto risco e alto retorno, sustentada pela confiança institucional e pela agilidade dos processos.

Já Hong Kong tem se destacado como um dos centros financeiros mais abertos da Ásia, com incentivos fiscais atrativos e regulamentações simplificadas para investidores estrangeiros. O governo local criou programas de co-investimento, como o Innovation and Technology Venture Fund (ITVF), que reduz o risco privado ao igualar aportes públicos, fortalecendo o ecossistema de startups. Dessa forma, ambos os países demonstram que políticas estáveis, incentivos fiscais e um ambiente regulatório transparente são condições essenciais para que o capital de risco floresça de maneira sustentável e contínua.

Atenção 3:  experiência internacional

A baixa inserção internacional de profissionais e empresas brasileiras continua sendo um dos principais entraves à competitividade do país. O Brasil ocupa a 64ª posição em experiência internacional, o que reflete a escassez de políticas voltadas à internacionalização, à mobilidade profissional e à cooperação acadêmica. Além disso, fatores como a barreira linguística, os altos custos de programas no exterior e a limitada presença de instituições nacionais em redes globais reduzem o intercâmbio de conhecimento e dificultam a atuação do país em um mercado cada vez mais interconectado.

Enquanto Dinamarca e Suíça tratam a experiência internacional como eixo estratégico de sua formação educacional e corporativa, promovendo desde cedo o aprendizado intercultural, o multilinguismo e a cooperação entre universidades estrangeiras, o Brasil ainda carece de políticas estruturadas para ampliar sua integração global. Para reverter esse cenário, é fundamental investir em mobilidade acadêmica e profissional, ampliar parcerias com instituições internacionais e incentivar programas de intercâmbio que desenvolvam competências globais. O fortalecimento dessas ações permitiria formar líderes mais preparados para atuar em ambientes multiculturais e competitivos, além de aproximar o país das dinâmicas que impulsionam a economia do conhecimento.

Atenção 4: gestão das cidades

O Brasil enfrenta desafios históricos na gestão das cidades, ocupando a 64ª posição nesse indicador. A falta de integração entre transporte, habitação, sustentabilidade e planejamento urbano ainda compromete a eficiência dos serviços públicos e limita os avanços na qualidade de vida da população. Embora algumas capitais tenham iniciado projetos de modernização e uso de tecnologia para gestão urbana, essas iniciativas permanecem isoladas e insuficientes para consolidar um modelo de governança realmente inteligente e conectado às necessidades sociais.

Em comparação, Singapura e Suíça são referências globais em cidades inteligentes, utilizando tecnologia, dados e inovação para aprimorar a mobilidade, reduzir desperdícios e promover o desenvolvimento sustentável. O Brasil precisa avançar nessa direção, priorizando o planejamento urbano digital, ampliando parcerias público-privadas e estimulando o uso de tecnologias sustentáveis. Investir em inovação urbana é essencial não apenas para tornar as cidades mais eficientes e resilientes, mas também para fortalecer a competitividade nacional, criando ambientes urbanos mais produtivos, inclusivos e preparados para os desafios do futuro.

Atenção 5: pessoal estrangeiro altamente qualificado

A atração e retenção de talentos internacionais continuam sendo pontos frágeis no cenário nacional. O Brasil ocupa a 63ª posição nesse indicador, o que evidencia a dificuldade em estabelecer um ambiente favorável à entrada de profissionais estrangeiros altamente qualificados. A burocracia nos processos de visto e a ausência de incentivos específicos afastam pesquisadores, empreendedores e especialistas que poderiam contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento tecnológico e científico do país. Essa limitação reduz a diversidade de experiências e perspectivas no mercado de trabalho e restringe o potencial de inovação em setores estratégicos.

Em contraste, Canadá e Suécia demonstram como políticas migratórias estruturadas podem impulsionar a competitividade e a inovação. No Canadá, programas como o Global Talent Stream agilizam a entrada de profissionais de tecnologia, ciência e engenharia, com tempo médio de aprovação de visto de apenas duas semanas. O Start-Up Visa Program também se destaca por conceder residência permanente a empreendedores estrangeiros apoiados por incubadoras e fundos reconhecidos pelo governo, fortalecendo o ecossistema de inovação local.

Já na Suécia, políticas de imigração digitalizadas e inclusivas permitem vistos de trabalho estendidos, programas de residência para pesquisadores e reunificação familiar facilitada, o que torna o país mais atrativo e estável para profissionais de alto nível. Esses modelos demonstram que processos migratórios simples, incentivos à permanência e apoio institucional são fundamentais para o fortalecimento do capital humano. Adotar medidas semelhantes permitiria ao Brasil construir um ecossistema mais aberto, inovador e integrado às dinâmicas globais de conhecimento.

O Ranking Mundial de Competitividade Digital evidencia os principais avanços e fragilidades das economias, orientando políticas públicas e decisões estratégicas voltadas à inovação. Países como Suíça, Estados Unidos e Singapura permanecem entre os líderes globais por combinarem estabilidade institucional, investimentos contínuos em ciência e tecnologia e políticas de incentivo à formação de talentos. Esses fatores permitem o fortalecimento de ecossistemas de inovação dinâmicos, capazes de sustentar o crescimento econômico e a transformação digital de forma consistente.

No Brasil, os resultados demonstram progresso em áreas como produção científica e adoção de novas tecnologias, mas também reforçam a necessidade de enfrentar desafios estruturais que ainda limitam o avanço competitivo. A ampliação do acesso ao capital de risco, o incentivo à transferência de conhecimento e o fortalecimento na atração e retenção de talentos são medidas fundamentais para transformar o potencial em resultados concretos. Com ações coordenadas entre poder público, iniciativa privada e instituições de ensino, o país poderá consolidar um ambiente mais inovador e produtivo.

Conclui-se então, que a jornada brasileira rumo a um futuro digital verdadeiramente competitivo se desenha como uma trajetória que depende de dois alicerces inseparáveis: a criteriosa preparação de sua força de trabalho e a consolidação de um ecossistema que fomente ativamente a inovação.

Para que essa trajetória avance de forma sólida, torna-se imprescindível uma revisão profunda das políticas educacionais e profissionais, que devem passar a enfatizar o treinamento técnico especializado, ao mesmo tempo em que se expande o investimento estratégico em pesquisa e desenvolvimento.

“Esse movimento de modernização, contudo, só ficará completo com a indispensável adaptação do sistema regulatório, que precisa responder aos ritmos ágeis da era digital. Neste contexto, a agenda de transformação do país deve, obrigatoriamente, alçar à condição de prioridade tanto a efetiva inclusão de novas tecnologias no tecido corporativo, como o apoio robusto à educação de base digital”, conclui Hugo Tadeu.

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