A China está estudando criar uma organização para incentivar a cooperação global em inteligência artificial como contraponto ao plano de Donald Trump de tornar os Estados Unidos líder na tecnologia.
Conforme aponta o Mobile Time, o intuito é combinar forças com outros países para regular a IA, além de compartilhar os avanços chineses, especialmente com o Sul global.
O governo reforça a importância de considerar riscos à segurança, que devem ser controlados por meio de um consenso global, com direitos iguais de acesso para todo o mundo.
“A governança global da IA ainda é fragmentada. Os países têm grandes diferenças, especialmente em conceitos regulatórios e regras institucionais. Devemos reforçar a coordenação para formar o quanto antes uma estrutura global de governança de IA com amplo consenso”, disse o premiê Li Quang.
HEGEMONIA AMERICANA
O governo Trump divulgou na última quarta-feira, 23, seu plano de ação para o mercado de inteligência artificial americano, que inclui iniciativas que visam consolidar os Estados Unidos como líder global do segmento dentro dos próximos seis a 12 meses.
Isso será feito a partir do relaxamento da regulamentação do setor, a fim de “eliminar a parcialidade política” da IA e “burocracias excessivas”, inclusive dentro de organizações federais.
A estratégia se debruça sobre três pilares centrais: acelerar a inovação, expandir a infraestrutura de IA no país e tornar o hardware e software americanos o padrão para as inovações desenvolvidas mundialmente.
Para as empresas americanas, o governo oferecerá “pacotes completos” de exportação de IA destinados a países aliados dos Estados Unidos.