Os Correios acabam de lançar o Mais Correios, um marketplace feito com a solução da Infracommerce, especializada em soluções de e-commerce e comércio digital full service, que fornece a arquitetura e o suporte operacional e tecnológico.
Disponível para vendedores e consumidores, a plataforma de e-commerce conta com mais de 500 mil produtos de 25 categorias que vão de eletrodomésticos e informática a moda e construção.
Neste primeiro momento, o foco do Mais Correios está na comercialização de produtos de grandes empresas, mas há planos de abrir espaço para vendas de pequenos e médios empreendedores de todas as regiões do país.
A estatal chega para concorrer com grandes players do mercado, como Amazon, Mercado Livre e Magazine Luiza, com a vantagem da sua capilaridade de entrega nos 5.570 municípios brasileiros.
Os Correios hoje possuem mais de 11 mil unidades de serviço, como pontos de atendimento, agências próprias, franqueadas e pontos de apoio, além de mais de 2,5 mil unidades de distribuição, com entregas que podem chegar onde as concorrentes ainda não conseguem atender.
Pelo site, o consumidor poderá realizar parcelamento em 10 vezes sem juros e optar pelo pagamento com até dois cartões de crédito, além dos habituais pagamentos via Pix e boleto bancário.
O novo serviço faz parte do projeto “Correios do Futuro”, um plano do governo federal para trazer inovação e atrair novas receitas para a estatal depois que a privatização foi descartada.
Segundo nota do Ministério das Comunicações, a ideia é estruturar a empresa com diversificação do portfólio e modernização das atividades para garantir a sua sustentabilidade.
Até o final do ano, os Correios planejam implantar seu próprio meio de pagamento digital. A estatal publicou um convite público para parcerias com instituições financeiras especializadas em banking as a service, atualmente em fase final de análise.
Há pouco tempo, os planos do governo Bolsonaro eram a privatização da estatal, que há anos passa por desafios financeiros e operacionais.
Na época, empresas como Magazine Luiza, Mercado Livre e as norte-americanas FedEx e DHL estavam interessadas na companhia, de olho na estrutura consolidada de logística que poderia ser abarcada.
Com a mudança de governo para a gestão do presidente Lula, a estatal foi retirada dos planos de privatização.