A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, estaria revisando as operações de seu fundo de investimento em startups, uma iniciativa de US$ 80 milhões, fundado em 2019.
Pelo menos, é o que afirma a Bloomberg Línea. O site ouviu fontes com conhecimento do CVC, operado pela Primus Ventures, antiga Catarina Capital.
De acordo com o veículo, a decisão é resultado de diversos fatores, como erros na condução do fundo, problemas de gestão, mudanças de ciclo na indústria e a falta de engajamento dos executivos de longa data da empresa com novos negócios.
O fim, teria, supostamente, começado com um investimento na Plant Prefab, startup americana de construção modular em madeira.
Uma das primeiras investidas do fundo, a empresa protagonizou duas rodadas, uma em 2021, avaliada em US$ 30 milhões, e, em 2022, avaliada em US$ 19,35 milhões, com participação em 15% da operação.
Com o tempo, a startup passou a representar 50% de todo o capital investido do CVC, mas a tese não se confirmou e a startup capitulou.
Em resposta à apuração do site, a gigante de aço afirmou continuar “revisando continuamente” seu portfólio de ativos do fundo, “com o objetivo de gerar valor para seu negócio”. A empresa, entretanto, não confirma nem nega o encerramento da operação.
Conhecido como Gerdau Next Ventures, o fundo chegou a reunir 11 startups investidas. Entre elas, estavam nomes como Docket, InstaCasa, AiFleet, Gasola e 3DEO. Na época de sua criação, foi um dos primeiros CVCs do Brasil, pré-pandemia.
Com 123 anos de história, a Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. A indústria está presente em nove países e conta com mais de 30 mil colaboradores diretos e indiretos.
