Ex-funcionários acusam Meta, dona do Facebook e Instagram, de suprimir pesquisas sobre segurança para crianças

Um novo grupo de denunciantes acusa a Meta, dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, de restringir pesquisas sobre os possíveis efeitos negativos de suas plataformas de realidade virtual em crianças e adolescentes, segundo revelou o Washington Post nesta segunda, 8/9.

Quatro atuais e ex-funcionários da empresa alegam que, após os vazamentos feitos em 2021 pela ex-colaboradora Frances Haugen — que expôs documentos internos sobre riscos das redes sociais —, a companhia teria limitado investigações relacionadas à segurança juvenil em ambientes virtuais. Os novos denunciantes são representados pela organização jurídica sem fins lucrativos Whistleblower Aid, a mesma que atuou no caso Haugen.

Em resposta, a porta-voz da Meta, Dani Lever, negou as acusações e afirmou que elas se baseiam em “alguns exemplos costurados para sustentar uma narrativa falsa”. Segundo ela, desde 2022 a empresa aprovou quase 180 estudos relacionados ao Reality Labs, incluindo pesquisas sobre bem-estar e segurança de jovens. Lever destacou ainda que os resultados levaram a “atualizações significativas de produto”, como ferramentas de supervisão parental, e lembrou que os dispositivos de VR da empresa são voltados a usuários acima de 13 anos.

O tema promete ganhar destaque na terça, 9/9, durante uma audiência no Comitê Judiciário do Senado dos EUA intitulada “Danos Ocultos: Examinando as Alegações de Denunciantes de que a Meta Enterrou Pesquisas sobre Segurança Infantil”. Três senadores republicanos que integram o colegiado já solicitaram à companhia informações adicionais sobre as medidas de proteção voltadas a crianças e adolescentes na plataforma Horizon Worlds.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima

Obrigado por escolher a Melhor!

Escolha a cidade que deseja atendimento!