Fintechs captam R$ 4,8 bi em investimento em 12 meses,

A Liga Ventures e a Spiralem lançam estudo que mostra a evolução das fintechs no país. O relatório mostra que as startups captaram R$ 4,8 bilhões de investimento em 2024, em 64 transações.

Ao todo, foram mapeadas 910 startups que estão ativas e utilizam diferentes tecnologias com o objetivo de transformar os serviços financeiros e entregar melhores soluções e produtos para a população. Em relação ao ano de fundação das startups, cerca de 16,1% delas foram criadas entre janeiro de 2021 e julho de 2025. Já as principais categorias de fintechs ativas fundadas de 2020 a 2025 foram gestão financeira (10%); crypto currencies (7%); meios de pagamento (7%); investimento (6%) e conta digital (6%).

O levantamento aponta que elas estão divididas em quarenta categorias, como gestão financeira (9,3%); meios de pagamento (8,2%); contabilidade e fiscal (6,8%); conta digital (5,9%); crypto currencies (5,6%); investimento (5,1%); crédito direto (4,2%); infraestrutura para pagamentos online (4%); cobrança e faturamento (3,8%); análise de risco e compliance (3,3%); banking as a service (3,3%); serviços de análise de dados (2,7%); finanças pessoais (2,6%); crowdfunding em doações (2,5%); educação financeira (2,3%); provedores de tecnologia (2,3%); negociação de dívidas (2,1%); benefícios (2%); antecipação de recebíveis (2%); crowdfunding baseado em recompensas (1,9%); crédito (1,8%); empréstimo empresarial (1,5%); cupons e cashback (1,4%), entre outras.

“As fintechs seguem no topo dos investimentos no ecossistema brasileiro de startups. No entanto, depois de um bom 2024, é possível perceber um primeiro semestre mais frio do que o ano anterior. A retração sinaliza uma mudança de critérios: investidores estão mais seletivos, valorizando startups com modelos financeiramente sustentáveis, especialização clara e uso estratégico de tecnologias como Open Finance, Embedded Finance e infraestrutura de pagamentos como o Pix. Em meio à pressão por eficiência e concorrência mais acirrada, o cenário se torna desafiador, mas abre espaço para empresas que consigam se destacar pela capacidade de escalar com consistência, apoiadas por tecnologia e inteligência de dados, como aponta o relatório. A adoção de inteligência artificial pode ser chave nesse processo”, analisa Daniel Grossi, co-fundador da Liga.

O estudo mostra também que 114 startups aplicam inteligência artificial em suas soluções com aplicações como: análise de crédito e scoring, cibersegurança, personalização de marketing, geração de insights e recomendações de ofertas, automação de processos e atendimento aos clientes.

O estudo traz ainda os estados com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está São Paulo (56%), seguido por Minas Gerais (8%); Santa Catarina (8%); Rio de Janeiro (7%); Paraná (6%); Rio Grande do Sul (4%); Distrito Federal (2%); Espírito Santo (2%); Pernambuco (1%) e Ceará (1%).

“Vemos um início de um uma retomada das fintechs após um período de “inverno” que vivenciamos após 2021. A combinação de maior maturidade das startups, um ambiente regulatório mais consolidado e o avanço de tecnologias como IA, Open Finance e infraestrutura de pagamentos têm gerado novas oportunidades, mesmo diante de uma conjuntura macroeconômica desafiadora. Esse novo ciclo é menos focado em crescimento a qualquer custo e melhor definido com passos acertados e uma busca por maior solidez. As fintechs que melhor se adaptaram à nova realidade — com propostas de valor bem definidas, especialização e capacidade de escalar com eficiência — são as que agora voltam a atrair capital e atenção do mercado. É uma fase de reconstrução e consolidação do setor, com espaço para novos modelos emergirem e também para que os líderes da última década se reinventem”, diz Bruno Diniz, Sócio Fundador da Spiralem.

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Outro dado interessante se refere à análise da maturidade das fintechs mapeadas, onde 43% são emergentes, 16% estão estáveis, 28% são nascentes e 24% delas disruptoras. Com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se Data Analytics (27%); API (26%); Dashboard (16%); Pagamentos Digitais (15%) e Banco de Dados (13%). Já referente ao público-alvo, o estudo mostra que 68% das startups têm como foco o mercado B2B.

Para realizar o estudo foram utilizados dados da ferramenta Startup Scanner, plataforma criada pela Liga Ventures que identifica e acompanha dados de startups do Brasil e América Latina para que grandes empresas, pesquisadores e empreendedores possam entender as movimentações do mercado e encontrar oportunidades de negócios sinérgicos à sua atuação.

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