A GFT, multinacional alemã de tecnologia com forte presença no setor financeiro, acaba de comprar a Megawork, uma empresa capixaba que está entre as maiores consultorias especializadas em SAP no país.
Não foi revelado o valor do negócio. A GFT comprou 100% da Megawork em dinheiro.
Fundada em 1992, a Megawork tem hoje 350 profissionais e fechou o ano passado com uma receita de € 14 milhões, ou cerca de R$ 90 milhões, com um lucro operacional bruto (o famoso EBITDA) de 21%.
Em nota, a GFT afirma que a atual equipe de liderança da Megawork permanecerá para “garantir a continuidade e uma transição tranquila”.
A equipe da Megawork é composta por aproximadamente 350 profissionais altamente qualificados, especializados em consultoria, suporte e implementação de SAP. Em 2024, a empresa reportou receitas de cerca de € 14 milhões e uma margem EBITDA de 21%, ressaltando sua forte lucratividade e eficiência operacional.
Em nota, a GFT explica que a compra faz parte de sua estratégia de integrar seus produtos com os principais fornecedores de software.
No caso da Megawork em particular, a ideia é integrar o produto de IA Generativa da GFT, o Wynxx, em projetos de migração para a última versão do ERP da SAP, o S/4 Hana.
“Queremos melhorar significativamente a eficiência dos projetos de migração, atualização e implementação SAP em 40% ou mais”, afirma Marco Santos, CEO global da GFT.
Além disso, a GFT pode oferecer projetos de nuvem, inteligência artificial e Salesforce para a base de Megawork. Por outro lado, a maioria da base de clientes GFT já é usuária da SAP.
Criada em 1987, a GFT tem sede na Alemanha e atua principalmente no desenvolvimento de software para grandes clientes do setor financeiro, como Deutsche Bank e Barclays.
No Brasil, projetos de grande porte no Itaú e no Bradesco levaram a operação local a representar 18% do resultado mundial da empresa, sendo o seu maior mercado no mundo.
Santos, o CEO, é brasileiro e foi promovido para o cargo em março do ano passado.
No total, a GFT faturou € 871 milhões no ano passado, uma alta de 10%. A empresa trabalha com a meta de chegar a € 1,5 bilhão até 2029.
