Grêmio roda S/4 da SAP na AWS

O Grêmio, um dos maiores clubes do Rio Grande do Sul, fez um upgrade no seu sistema de gestão para o S/4 da SAP, rodando na nuvem da AWS, em um projeto entregue pela Claranet Brasil.

A entrega foi realizada no começo do ano passado, no que acabou sendo uma grande sorte para o clube gaúcho.

A migração para a nuvem aconteceu dois meses antes das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em maio, deixando o entorno do estádio do clube debaixo de água por semanas. 

“Enquanto outras empresas corriam para resgatar seus data centers com barcos, o Grêmio não precisou se preocupar. Se estivéssemos no modelo antigo, teríamos enfrentado seis meses de downtime. O ROI do projeto se pagou antes mesmo da primeira fatura da AWS”, relata Thiago Hendges, gerente de TI do Grêmio.

Para a Claranet, uma multinacional inglesa presente no país desde 2016, é uma bela jogada de marketing se associar a um clube de futebol popular como o Grêmio.

O time gaúcho foi o primeiro a implementar um software de gestão da SAP, com a implementação do ECC começando em 2015, o mesmo ano no qual a multinacional lançou o S/4.

(O projeto foi precedido de muitas negociações prévias, cujo início foi revelado pelo Baguete no já distante ano de 2012. Na época, o clube queria inclusive colocar os naming rights da futura Arena na jogada, o que acabou não acontecendo).

O projeto foi também chamativo porque envolvia a implantação de tecnologias SAP em seus segmentos de administração e futebol, baseados em processamento em Hana, então um produto recém lançado.

Vale lembrar que na época a SAP era uma tecnologia hypada no futebol mundial. O chamado “software alemão” foi apontado como um dos segredos do futebol deslumbrante jogado pela seleção da Alemanha no Brasil em 2014.

Nos anos seguintes, o São Paulo e o Flamengo também implementaram o S/4. Palmeiras apostou no B1, o software da gestão da SAP para pequenas e médias, assim como o Atlético Mineiro e o River Plate.

(A Totvs também marca presença no futebol brasileiro, tendo emplacado nesses mesmos anos clubes como o Internacional, Sport Recife, Ponte Preta e o uruguaio Penarol).

Nos últimos anos, porém,  o entusiasmo dos clubes com o tema software parece ter se reduzido um pouco, talvez em parte pela constatação de que tecnologia não chega a ser uma fórmula mágica para resultados em campo.

O caso do Grêmio ilustra isso bem. Os anos seguintes à adoção do SAP foram muito bons para o clube, com a conquista da quinta Copa do Brasil e a terceira Libertadores da América com o técnico Renato Gaúcho.

Depois da boa fase, veio uma ressaca, culminando com um rebaixamento para a série B do futebol brasileiro em 2021.

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