IA Agêntica: uma nova era de assistentes inteligentes que vai revolucionar o mercado de trabalho

A inteligência artificial está prestes a entrar em uma nova fase de evolução. A pesquisa global “O Impacto da Tecnologia em 2026 e Além”, conduzida pelo IEEE com líderes de tecnologia do Brasil, China, Índia, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, revela que a IA Agêntica — capaz de definir metas, planejar e executar tarefas com mínima intervenção humana — será amplamente adotada até 2026, atingindo o mercado de consumo em escala global.

Segundo o estudo, 96% dos profissionais de tecnologia acreditam que a inovação e a exploração da IA agêntica continuarão em ritmo acelerado no próximo ano. Diferente das IAs tradicionais, que reagem a comandos, a IA agêntica tem autonomia para tomar decisões, executar planos e aprender continuamente com o ambiente, tornando-se uma assistente inteligente que poderá gerenciar desde tarefas pessoais até processos corporativos complexos.

Entre os usos mais esperados no cotidiano estão funções como personal shopper, organizador de agenda, gerente de privacidade de dados, monitor de saúde e curador de informações. Para 60% dos entrevistados brasileiros, a adoção em massa da IA agêntica pelo consumidor será uma realidade já em 2026.

Brasil acompanha a tendência global

No Brasil, os setores que mais sentirão os impactos da IA nos próximos anos são Desenvolvimento de Software (60%), Serviços Financeiros (48%) e Mídia e Entretenimento (48%). Em seguida aparecem Saúde (28%), Educação (28%), Telecomunicações (18%) e Energia (16%).

Além disso, 56% dos profissionais acreditam que a IA terá papel decisivo na robótica, enquanto 38% apontam forte influência nos veículos autônomos e na realidade estendida (XR) — que inclui as realidades aumentada, virtual e mista.

Nova força de trabalho e o boom dos analistas de dados

O avanço da IA agêntica está gerando uma demanda crescente por profissionais de análise de dados, encarregados de garantir a precisão, transparência e segurança dos resultados produzidos por essas máquinas autônomas. Segundo o levantamento, 58% dos líderes brasileiros afirmam que a utilização da IA agêntica para processar grandes volumes de dados crescerá em 2026, estimulando uma onda global de contratações nesse segmento.

As habilidades mais valorizadas para funções ligadas à IA serão: análise de dados (58%), práticas éticas de IA (54%) e modelagem de dados (32%). Globalmente, o levantamento indica que habilidades éticas e de aprendizado de máquina também estão entre as mais demandadas, demonstrando a importância da formação técnica aliada à responsabilidade no uso da tecnologia.

Desafios éticos e infraestrutura

Apesar do entusiasmo, os especialistas alertam para riscos e desafios significativos. A privacidade e a segurança de dados continuam sendo as principais preocupações (48%), seguidas pelo uso malicioso da IA para burlar sistemas de cibersegurança (12%) e pela desconfiança social (12%).

Outro ponto de atenção é a infraestrutura. 46% dos entrevistados estimam que serão necessários de três a quatro anos para construir a capacidade global de data centers capaz de suportar o ritmo crescente da IA.

No campo organizacional, 54% dos líderes brasileiros afirmam que suas empresas estão integrando a IA em todas as operações, com políticas de uso alinhadas às regulamentações governamentais. Outros 34% planejam criar regras internas claras sobre como e quando empregar essas tecnologias.

Robôs humanoides e a integração das tecnologias emergentes

O estudo também indica uma forte convergência entre IA e outras áreas tecnológicas. 74% dos entrevistados preveem uso ampliado da realidade estendida (XR) e de gêmeos digitais para desenvolver protótipos e testar produtos em ambientes virtuais, otimizando tempo e custos de produção.

Na robótica, 46% dos especialistas acreditam que robôs humanoides poderão se tornar comuns no ambiente de trabalho, deixando de ser uma curiosidade e passando a atuar lado a lado com humanos. Essa integração, segundo os pesquisadores, vai redefinir a relação entre pessoas e máquinas no ambiente corporativo.

IA generativa e o futuro corporativo

O levantamento também aborda o papel da IA generativa, com 46% dos brasileiros afirmando que ela continuará integrada a todas as operações das empresas, enquanto 36% acreditam que será uma parte regular do trabalho diário, gerando ganhos de produtividade e eficiência.

Entre as principais preocupações das empresas com o uso de IA generativa e agêntica estão: dependência excessiva da tecnologia (54%), exposição de dados internos (52%) e proteção da propriedade intelectual (44%).

Além disso, metade dos entrevistados acredita que entre 26% e 50% dos empregos serão ampliados por softwares baseados em IA até 2026 — o que reforça o cenário de coexistência entre humanos e sistemas inteligentes.

Um futuro moldado por agentes inteligentes

A pesquisa do IEEE conclui que a IA agêntica será o eixo central da próxima onda tecnológica, impulsionando avanços em robótica, computação quântica, energia renovável, veículos autônomos e realidade estendida. Para 64% dos líderes brasileiros, essa evolução continuará acelerada, à medida que empresas e startups aumentam investimentos e confiança nessa nova geração de inteligência artificial.

Em resumo, 2026 promete ser o ano em que a IA deixará de ser apenas uma ferramenta e passará a atuar como um parceiro cognitivo — autônomo, colaborativo e presente em quase todas as dimensões da vida moderna.

O link da pesquisa: https://transmitter.ieee.org/iot-2026

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