O Itaú Unibanco assumiu a gestão dos fundos da Kinea Ventures e decidiu reforçar suas apostas no modelo de Corporate Venture Capital (CVC), com uma garantia de R$ 500 milhões em capital.
A Kinea Ventures foi criada dentro da estrutura da Kinea, em 2019, sob o controle da gestora do Itaú. Desde então, foram feitos investimentos de cerca de R$ 220 milhões em oito startups.
Agora chamado Itaú Ventures, o fundo passará a disponibilizar R$ 280 milhões para novos aportes, que, somados aos R$ 220 milhões já investidos, totalizam meio bilhão de reais em capital.
A mudança de estrutura, iniciada nos primeiros meses do ano, teve como última investida a Kanastra, especializada em tecnologia e serviços para fundos e securitização.
Agora, o banco pretende ampliar a relação das diferentes áreas da instituição com o CVC e discutir novas possibilidades de investimentos, com base nas mais de mil análises realizadas nos tempos de Kinea.
O fundo vai focar startups com potencial de sinergia com o core business da instituição financeira, dobrando as ações no modelo de CVC e no relacionamento com o ecossistema do empreendedorismo.
O ponto central é manter as movimentações da Kinea Ventures, com oportunidades em áreas como pagamentos, wealth, seguros, crédito, cibersegurança, serviços financeiros, UX, infraestrutura e inteligência artificial, mas avançar em novas frentes.
Neste novo cenário, o intuito é investir de R$ 20 milhões a R$ 50 milhões em startups em rodadas de série A e B, com a estratégia de se aproximar ainda mais dos clientes com produtos que o banco ainda não oferece e com modelos que apontem para novas linhas de negócios.
Philippe Schlumpf, superintendente do Itaú Ventures, disse em entrevista ao site Bloomberg Línea que um dos exemplos mais recentes é o investimento na Liqi, plataforma de ofertas de ativos tokenizados que atua no universo cripto, de tokenização e blockchain para o banco.
Posteriormente, o plano é avançar nos investimentos internacionais e mirar as startups hispânicas — um dos pontos previstos na composição do mandato do fundo — além de atrair sponsors entre os líderes das operações do banco nos países vizinhos.