O que está por trás da IA do Bradesco?

O Bradesco, um dos maiores bancos do Brasil, está usando uma combinação de tecnologias da Microsoft e da ServiceNow como base para o Bridge, sua plataforma proprietária de inteligência artificial (IA) generativa, responsável por fazer funcionar a atendente digital BIA, entre outras aplicações.

Da Microsoft, o banco utiliza a nuvem Azure e a Power Platform, um conjunto de ferramentas low-code que permite aos usuários criar aplicações, automações, análises de dados e chatbots.

Completa a base tecnológica a ServiceNow, uma empresa em alta no nicho de gestão de fluxos de trabalho.

Vale lembrar que a estrutura do Bridge opera diferentes provedores de nuvem e tem uma “arquitetura agnóstica”, o que significa que é capaz de se conectar a qualquer modelo de mercado.

Pelo lado de consultoria, estiveram envolvidos no projeto a própria Microsoft, além da Avanade (joint venture da Microsoft com a Accenture) e da Bain & Company, uma das maiores consultorias de negócios do mundo.

As tecnologias funcionam dentro de um conjunto de regras criado pelo Opice Blum, um dos escritórios de advocacia de referência em temas de tecnologia no país.

O framework jurídico garante o cumprimento das regulamentações vigentes, metodologias de referência e governança institucional do Bradesco.

O resultado mais visível dos esforços do Bradesco na área até agora é a BIA, que já atende 3 milhões de clientes e 80 mil colaboradores.

Desde o início de sua operação, em abril de 2024, a Bridge contabiliza mais de 200 iniciativas em diferentes áreas do banco, funcionando como uma camada de IA integrada ao ecossistema.

Por meio de uma interface visual e de um conjunto de APIs, ela disponibiliza habilidades avançadas de IA generativa, como geração de texto e código, sumarização, classificação e criação de agentes, para serem incorporadas nas aplicações de negócio da instituição financeira.

“A plataforma permite que diferentes áreas acelerem seus processos, automatizem tarefas e melhorem a experiência dos usuários, sem a necessidade de novos desenvolvimentos complexos”, comenta Rafael Cavalcanti, diretor de dados e relacionamento com clientes do Bradesco.

Além do atendimento ao cliente, áreas como TI, marketing, ouvidoria, crédito e operações já colhem os frutos da automação e da análise avançada de informações.

Com planos de expansão em andamento, a Bridge deve incorporar novas funcionalidades ao longo de 2025, ampliando sua atuação para um número maior de clientes e segmentos.

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