Oracle projeta US$ 166 bilhões em receitas de nuvem até 2030

A Oracle anunciou nesta quinta-feira (16) que espera alcançar US$ 166 bilhões em receita com infraestrutura de nuvem até o exercício fiscal de 2030, o que representaria cerca de 75% do total de suas vendas no período, segundo reportagem da Reuters.

Durante reunião com analistas financeiros, o CEO Clay Magouyrk afirmou que os novos contratos vêm de uma base diversificada de clientes, e não apenas da OpenAI. Já o diretor financeiro Dough Kehring destacou que a companhia projeta uma receita total de US$ 225 bilhões e lucro ajustado de US$ 21 por ação até 2030. As estimativas superam as expectativas de analistas consultados pela LSEG, que previam US$ 198,4 bilhões em vendas e lucro ajustado de US$ 18,92 por ação.

Após o anúncio, as ações da Oracle subiram 3%, mas recuaram cerca de 2% nas negociações após o fechamento do mercado. No mês passado, a empresa informou que acumula centenas de bilhões de dólares em reservas de infraestrutura e que trabalha com a OpenAI em um projeto de US$ 500 bilhões que inclui a construção de cinco novos data centers.

No trimestre mais recente, a receita de nuvem cresceu 28%, alcançando US$ 7,2 bilhões. Magouyrk afirmou que, em apenas 30 dias do último trimestre, a Oracle Cloud Infrastructure fechou US$ 65 bilhões em novos compromissos, incluindo um contrato de US$ 20 bilhões com a Meta. Ele ressaltou que esses acordos não envolvem a OpenAI.

“Sei que algumas pessoas estão questionando: ‘Ei, é só a OpenAI?’ A realidade é que consideramos a OpenAI um ótimo cliente, mas temos muitos outros”, disse Magouyrk. “São literalmente sete contratos, quatro clientes, todos eles diferentes da OpenAI.”

A Oracle também procurou tranquilizar investidores sobre suas margens brutas, que ficaram em 68,7% no trimestre mais recente. Segundo a Reuters, analistas projetam leve redução até o exercício fiscal de 2027. A empresa estima margens ajustadas entre 30% e 40% para serviços de infraestrutura de nuvem com IA, enquanto os segmentos de software e infraestrutura corporativa devem manter margens entre 65% e 80%. A companhia acrescentou que essas margens devem se manter estáveis ao longo dos contratos, exemplificando um cenário hipotético de um acordo de seis anos no valor de US$ 60 bilhões, com custos anuais de cerca de US$ 6,4 bilhões.

Com informações da Reuters.

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