Três mandados de busca e apreensão e uma prisão preventiva, todos em Balneário Camboriú, foram cumpridos na semana passada, como parte de uma investigação contra um ataque hacker que desviou dinheiro das contas bancárias da Prefeitura de São José, na região metropolitana de Florianópolis.
A operação envolveu o CyberGAECO de Santa Catarina, grupo de atuação de combate a organizações ciber criminosas ligado ao Ministério Público (MPSC), o Departamento de Investigação Criminal de São José (DIC/PCSC) e as polícias Militar e Civil.
Durante a ocorrência, foram identificados quatro integrantes do esquema, responsáveis pelos acessos ilegais e suspeitos de desviarem para contas de laranjas o valor de R$ 85 mil de um total de R$ 2,5 milhões.
Segundo o MPSC, os suspeitos, por meio de ataques de phishing, conseguiram as credenciais de servidores municipais e, com a posse dos dados, emitiram 11 ordens de pagamentos indevidos, das quais somente duas tiveram sucesso, evitando um rombo milionário aos cofres públicos.
Ainda de acordo com o MPSC, os suspeitos fazem parte de um grupo criminoso especializado em ataques cibernéticos a órgãos públicos e instituições financeiras do país.
Alguns deles já haviam sido identificados pela Polícia Federal em outra investigação, a Operação CryptoScam, na qual roubavam criptomoedas e realizavam fraudes em bancos no Brasil e no exterior.
Os suspeitos responderão pelos crimes de furto mediante fraude, invasão de dispositivo eletrônico e lavagem de dinheiro. A investigação continua em sigilo.
Casos como esse evidenciam a alta no número de ataques a órgãos e serviços públicos, como os ocorridos nas cidades de Itu, em São Paulo, Ponta Grossa, no Paraná, na Sabesp, em São Paulo, no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e em Chapadão do Sul, no Mato Grosso do Sul.
