Positivo vai vender superservidores de IA

A Positivo Tecnologia vai apostar no desenvolvimento de superservidores de inteligência artificial e planeja faturar R$ 500 milhões com o novo segmento ainda em 2025, ultrapassando a receita anual de R$ 1 bilhão nos próximos anos.

Em entrevista ao site Neofeed, Helio Rotenberg, fundador e CEO da companhia, informou que já recebeu uma encomenda para entregar em 2026 um desses equipamentos para uma cliente brasileira de nome não revelado.

O servidor, que deve ser um dos maiores da América Latina, vai usar mais de 2 mil chips B200, modelo voltado para treinamentos de IA e considerado o superchip da big tech.

Além disso, a empresa fechou uma parceria com a norte-americana SuperMicro, especialista em infraestrutura de data centers.

De olho no plano nacional de data centers do governo federal, com expectativa de atrair R$ 2 trilhões em investimentos nos próximos 10 anos, a companhia acredita que haverá uma alta demanda no mercado brasileiro de servidores entre 2026 e 2027.

Segundo Rotenberg, empresas estrangeiras estão processando seus modelos de IA em território local, até por uma questão de maior segurança diante dos constantes ataques cibernéticos.

Para o executivo, essa tendência será adotada pelas companhias brasileiras em um curto espaço de tempo, quando os data centers passarão a operar com instalações de GPUs (unidades gráficas de processamento) no processamento de dados por inteligência artificial.

Com uma previsão de faturamento na casa dos R$ 5 bilhões em 2025, a Positivo já teve mais de 70% de seu faturamento vindo das vendas ao consumidor final, com computadores e tablets, ampliou suas ações no mercado privado e em instituições públicas. 

No primeiro trimestre de 2025, esse setor passou a representar 48% da sua receita. Neste mesmo período, a companhia teve uma queda de 27,7% no faturamento, com receita em torno de R$ 851 milhões, e um prejuízo líquido de R$ 12,6 milhões.

A perspectiva de investimentos da empresa para 2025 é de R$ 250 milhões, incluindo R$ 50 milhões em capex e os outros R$ 200 milhões em pesquisa e desenvolvimento. Parte desses recursos está na implementação de equipamentos e produtos com IA.

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