Um estudo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) desenvolveu próteses ortopédicas, impressas em 3D resistentes à infecção, que serão produzidas com financiamento de R$ 3 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A solução envolve a incorporação de um antibiótico ao termoplástico utilizado como polímero nas impressões 3D das próteses.
Essa ação previne a formação de biofilmes, que são estruturas resultantes da aderência de microrganismos a superfícies, uma das principais causas das infecções.
“A liberação do antibiótico de forma prolongada garante um efeito antimicrobiano de longo prazo, o que pode ser valioso para prevenir ou controlar infecções em aplicações ortopédicas”, explica Felipe Francisco Tuon, professor da PUCPR.
Segundo a universidade, o uso antimicrobiano em um termoplástico biodegradável impresso em 3D não só permite a produção de próteses personalizadas como reduz o tempo cirúrgico e minimiza as complicações pós-operatórias, além de potencializar a recuperação do paciente.
Até o momento, 15 pacientes já receberam os implantes. O próximo passo é ampliar os testes clínicos para instituições de todo o Brasil. Todas as próteses produzidas na PUCPR serão fornecidas sem custo aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda neste ano.
Essas próteses poderão ser utilizadas em implantes em regiões do quadril e joelhos, geralmente associadas a acidentes de trânsito e domésticos, e também para correções em cirurgias de coluna vertebral.