Rimini Street vai quadruplicar time no Brasil

A Rimini Street, multinacional americana especializada em suporte terceirizado, vai quadruplicar o seu time no Brasil, saltando de 250 para 1 mil engenheiros no país nos próximos dois anos.

Como parte dos investimentos locais, que serão de “milhões e milhões de dólares”, a companhia acaba de inaugurar uma nova sede em São Paulo.

Antes, seu escritório era no Complexo JK, um endereço corporativo tradicional na capital. Agora, a empresa escolheu o Parque da Cidade, que conta com torres corporativas semelhantes no bairro Chácara Santo Antônio.

“Viemos para cá porque precisamos de um espaço muito maior para conseguirmos acomodar e treinar esses mil engenheiros. Estamos preparados para mais andares conforme precisarmos, para expandir ainda mais”, afirma Seth Ravin, CEO da Rimini Street.

Com a nova sede, o modelo de trabalho deve seguir híbrido para o time de vendas, que precisa receber clientes. Já a equipe de delivery trabalha remotamente.

“Nós não tínhamos um escritório grande o suficiente para todos. Agora eu acho que vamos ver muito mais pessoas vindo, porque temos espaço para elas sentarem e fazerem parte da cultura. Minha expectativa é de dois ou três dias por semana para muitos deles, com revezamento”, acrescenta Ravin.

No local, a Rimini está estruturando um dos seus três centros de operações globais. Os outros dois serão na Índia e na Malásia, com mais mil engenheiros cada.

O escritório brasileiro, único da empresa na América do Sul, atende principalmente os clientes norte-americanos e sul-americanos, mas também atua com demandas fora das Américas.

Segundo o CEO, a companhia tem muitos trabalhos que exigem níveis de confidencialidade determinados pelo departamento de segurança dos Estados Unidos, que permite colocar engenheiros brasileiros para prestar serviços sob contratos especiais do governo.

“Estamos muito comprometidos com o Brasil como um core para todas as Américas. Então, conforme nós crescermos nosso negócio em todas as Américas, continuaremos fazendo investimentos no Brasil”, acrescenta Ravin.

Além da sede em São Paulo, o CEO adianta que pretende abrir pequenos escritórios em outras partes do país.

No Brasil há 10 anos, a Rimini tem mais de 100 clientes no país com foco em empresas de grande porte. Na lista, estão nomes como Americanas, Algar Telecom, CPFL, CVC, Drogaria São Paulo, Libbs, GRU Airport, Iguatemi, Banco BRB e Cielo.

“Nossa base instalada de clientes é super relevante. Todo mundo conhece todo mundo aqui, então nossos clientes nos apresentam aos novos clientes. Temos uma alta expectativa de fechar este ano com um número recorde”, afirma Edenize Maron, GVP e general manager da Rimini Street para a América Latina.

A maior parte dos clientes brasileiros (mais de 75%) são de suporte ao SAP, enquanto cerca de 20% têm banco de dados Oracle. Alguns outros possuem produtos VMware, mercado no qual a companhia entrou mais recentemente.

“O cenário daqui é incrível por várias razões. Uma delas é em relação à maturidade do mercado, pois os CIOs e o C-Level em geral estão se tornando mais confortáveis com a ideia de não precisar pular de upgrade em upgrade sem motivo”, pontua Maron.

O negócio principal da Rimini é justamente vender suporte terceirizado para clientes que não querem fazer upgrades — principalmente a migração do ECC, versão on-premise do sistema de gestão da SAP, para o S/4 Hana, última versão do software rodando na nuvem.

Neste caso, a SAP já marcou o fim do suporte ao ECC para 2030. A Rimini, por sua vez, vai continuar oferecendo o suporte até 2040 (um ano a mais do que Seth Ravin já havia antecipado em uma entrevista exclusiva ao Baguete).

De um lado, a SAP diz que é preciso fazer a migração para ter acesso à inteligência artificial. De outro, a Rimini promete entregar IA mesmo sem o upgrade, com processos agênticos de ERP.

“Nós acreditamos que o software ERP não será mais necessário em 10 anos. O ERP que pensamos para o futuro é uma coleção dos processos que rodam no dia-a-dia no negócio e não um grande bloco de software como é hoje”, explica Ravin.

Fundada há 20 anos, a Rimini é sediada em Las Vegas e tem escritórios em todos os 50 estados americanos e em 23 países para atender um total de 150 países. No total, a companhia já atendeu mais de 5,3 mil clientes.

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