O setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) representa hoje 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com uma produção setorial de R$ 762,4 bilhões em 2024 e crescimento médio de 8,4% ao ano nos últimos três anos.
Segundo o Relatório Setorial 2024, recém divulgado pela Brasscom, o Brasil subiu uma posição no ranking mundial e ocupa atualmente o nono lugar na produção global de TIC e telecom, sendo o único representante da América Latina no Top 10.
A conquista refletiu no mercado de trabalho nacional em 2024, quando o segmento foi responsável por criar 52.026 novas vagas formais, totalizando 2.100.886 empregos, com alta de 2,5%.
Outro destaque é a remuneração: os profissionais em empresas de software recebem, em média, três vezes mais que a média nacional, enquanto aqueles em serviços de TIC ganham 2,3 vezes acima da média.
São Paulo lidera o ranking de médias salariais no setor de TIC desde 2020, enquanto o Rio de Janeiro se destaca com os maiores salários em Telecom.
Em nível regional, o Norte do país registrou o maior crescimento percentual de contratações em 2024: 7,4% no setor de TIC e 3% em Telecom, o que demonstra uma expansão mais equilibrada entre as diferentes regiões.
“Os números apresentados no relatório evidenciam o dinamismo do setor de TIC no Brasil, tanto em termos de geração de riqueza quanto na criação de empregos e oportunidades. Estamos diante de um segmento que não apenas cresce acima da média, como também lidera a transformação digital no país, impactando positivamente o crescimento econômico e a inclusão social”, analisa Affonso Nina, presidente executivo da Brasscom.
O estudo ainda projeta que a área deve receber investimentos de R$ 774 bilhões até 2028. Entre os segmentos que receberão mais atenção, estão nuvem (R$ 331,9 bilhões), inteligência artificial (R$ 145,9 bilhões) e big data e analytics (R$ 110,5 bilhões).
Para os próximos anos, a expectativa é de alta demanda por profissionais qualificados, impulsionada pela aceleração digital e pela adoção de tecnologias emergentes, como inteligência artificial, automação e computação em nuvem.
A Brasscom, Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais, reúne 90 companhias em diferentes níveis de associação.
Entre os fundadores estão os pesos pesados da TI brasileira, como Totvs, BRQ e Tivit, além de multinacionais com presença forte no país como Capgemini, IBM e Accenture. No segundo tier, vêm nomes como Embratel, Sonda, Cisco e Huawei.
